708 presos foram transferidos de Tacumbú para outros presídios na Paraguai

O Ministério da Justiça do Paraguai transferiu 708 internos do presídio de Tacumbú após a operação Veneratio, que destruiu a estrutura do clã Rotela dentro da prisão. Os presos estão sendo levados para oito penitenciárias em diferentes pontos do país. De acordo com informações do Ministério do Estado, nove dos presos serão levados para o Grupo de Operações Policiais Especiais (FOPE). Entre os transferidos para a sede policial estão o líder da organização criminosa, Armando Javier Rotela, e vários de seus “soldados” mais próximos: Alan Ricardo Caballero, Arsenio Erico Alvarenga, Juan Valentín Insfrán, César Román Ortiz, Milciades Giménez, Óscar Cabello Azcona , Miguel Ángel Sarabia Medina e Lucas Ramón Duarte Rolandi.

Operação derrubou estrutura dentro da prisão

Depois de anos praticamente assumindo o comando do presídio de Tacumbú, Armando Javier Rotela foi retirado na segunda-feira de seu reduto, o Pavilhão Libertad, ou do setor como os presos o chamavam de La Jungla. A chamada operação Veneratio deixou 12 mortos; 11 presos e 1 policial do Grupo Lince, suboficial Martín Mendoza. Além disso, houve vários feridos entre funcionários e presidiários.

Foram necessárias 12 mortes para tirar poder de Rotela em Tacumbú

Após a operação policial, o Comissário Nimio Cardozo, chefe do Departamento Anti-Sequestro da Polícia Nacional, comentou que o clã Rotela tinha armas e estrutura significativas para repelir a polícia e os militares durante a operação.

“Eles tinham combustível, lanças, cães. Todos os fins de semana tinham um sistema de guarda para antecipar esta intervenção. O primeiro ataque foi realizado pelo grupo tático FOPE. Tínhamos 1.100 soldados e mais de 1.200 policiais. Temos apoio aéreo. Um dado significativo é que foram mobilizados veículos e motocicletas do entorno do presídio, pertencentes a pessoas ligadas a esses grupos criminosos, com a intenção de entrar na área e prestar apoio aos internos”, comentou o delegado.

Ex-dirigente em cela vip

O antigo dirigente desportivo, Ramón González Daher, condenado por usura e lavagem de dinheiro, já foi colocado nesta terça-feira numa cela VIP, na zona de admissão da prisão de Oviedo, que dispõe de quartos com ar condicionado. O diretor da penitenciária, Jorge Torales (filho), assumiu recentemente o cargo e seu pai, de mesmo nome, é um conhecido dirigente colorado do distrito de Repatriação de Caaguaceño. Foi alegado que Ramón está sendo tratado com 10 medicamentos, portanto não pode estar em condições inadequadas.

No dia da operação Veneratio no presídio de Tacumbú, circulou nas redes sociais uma foto onde Ramón González Daher era visto saindo vestido com roupa esportiva, com bolsa, as mãos amarradas e acompanhado por um agente. Aparentemente, ele saiu da prisão em condições diferentes do restante da população carcerária, que foi transferida seminua para outros presídios do país.

Fonte e Foto: MS em Foco