Casal vai a júri popular pela morte de Zarhará Tormos, jovem encontrada em carro

A Justiça aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público e pronunciou Pâmela da Silva Campos e Bruno Martini Vieira pela morte de Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos. Com essa decisão, o casal passa oficialmente à condição de réu no Tribunal do Júri, etapa em que jurados populares vão analisar as provas do caso.

A informação foi confirmada à Rádio Cultura pelo advogado da família da vítima, José Guilherme Boaroli. As defesas ainda podem recorrer, mas apenas após o recesso do Judiciário. A expectativa é de que o júri ocorra no ano que vem, possivelmente no segundo semestre.

O caso

Zarhará desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair da faculdade. Dois dias depois, ela foi encontrada morta no banco traseiro de seu carro, abandonado em uma área rural de Foz do Iguaçu. A jovem estava com mãos e pés amarrados e apresentava ferimentos causados por disparos de arma de fogo, o que reforçou a suspeita de homicídio qualificado.

Durante a investigação, a polícia reuniu elementos que conectam os dois suspeitos ao crime. Imagens de câmeras de segurança registraram os últimos deslocamentos da vítima e o trajeto do veículo até o local onde foi abandonado. Dados de localização, mensagens de celular e informações da tornozeleira eletrônica de Pâmela também foram considerados importantes.

Para as autoridades, há indícios de planejamento, bem como possível participação direta do casal na execução e ocultação do crime. Exames periciais e materiais coletados no carro e na área rural auxiliaram na construção da denúncia. As motivações, porém, ainda não foram oficialmente confirmadas.

As defesas afirmam que não existem provas suficientes. Os advogados de Pâmela alegam inconsistências na investigação, enquanto a defesa de Bruno nega qualquer envolvimento e diz que ele não tinha conhecimento do ocorrido.

Familiares e amigos de Zarhará acompanharam as audiências de instrução e realizaram manifestações pedindo celeridade e justiça. Com a decisão de pronúncia, o processo agora segue para julgamento pelo Tribunal do Júri, ainda sem data marcada.

Fonte: Guia Medianeira com informações do Oeste Agora