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Cinco policiais e uma advogada foram acusados de sequestro e extorsão qualificada

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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Cinco policiais e uma advogada foram acusados ​​de sequestro e extorsão qualificada

Cinco policiais e uma advogada foram acusados ​​pelo Ministério Público do Paraguai de manterem uma família em cárcere privado e extorquirem pessoas. Os policiais pertenciam ao Departamento de Investigação Criminal de Ciudad del Este.

A procuradora antissequestro e antiterrorismo Zunilda Ocampos Marín apresentou denúncia formal contra cinco policiais do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Nacional e uma advogada pelos crimes de sequestro e extorsão qualificada. Os policiais foram acusados ​​como autores e o advogado como cúmplice.

Os policiais acusados ​​são: o policial Derlis Ariel Chávez Giménez (33 anos), o suboficial Silvio Javier Rojas Vera (42 anos), o suboficial Celiano Antonio Zayas Benítez (43 anos), o suboficial Ángel Gabriel Resquín Vera (41 anos) e o suboficial Denis Evaristo Miltos Rojas (28 anos). A advogada Blanca Gauto Fernández (39 anos) também é acusada.

De acordo com o processo, os fatos ocorreram em 3 de junho de 2025, por volta das 12h:40min, na Avenida Monday, na cidade de Presidente Franco. Naquele momento, as vítimas, dois homens e a filha adolescente de um deles que estavam em um veículo particular quando foram abordadas por cinco policiais, que estavam sem máscara e armados. Os policiais se identificaram como membros do Departamento de Investigações Policiais.

Uma das vítimas foi obrigada a sair do veículo e levada à força para a viatura policial. Enquanto isso, outros dois policiais entraram no veículo das vítimas e roubaram seus celulares.

Os suspeitos então levaram todas as vítimas para a sede do Departamento de Investigações, onde ficaram detidas em uma sala à prova de balas por aproximadamente quatro horas. Eles extorquiram uma grande quantia em dinheiro das vítimas.

Segundo a denúncia, durante o trajeto e na delegacia, os policiais exigiram US$ 50.000 de uma das vítimas em troca de sua libertação, ameaçando realizar buscas em suas propriedades e nas de seus familiares, alegando que ele estava envolvido em supostas investigações de crime organizado e lavagem de dinheiro. Os acusados ​​mostraram fotos das propriedades das vítimas e avisaram que estranhos invadiriam suas famílias caso a exigência não fosse atendida.

Nesse contexto, foi permitida a comunicação com uma advogada, que chegou ao local. A advogada conversou com um dos policiais na ausência das vítimas e, posteriormente, indicou que a quantia exigida deveria ser paga. Um pagamento inicial de US$ 30.000 foi acordado, com o saldo restante de US$ 20.000 a ser pago em um mês.

Com a ajuda da advogada, o dinheiro foi sacado em diversos bancos e entregue a um dos policiais.

Após o pagamento inicial, as vítimas foram liberadas por volta das 16h:40min. Em frente ao Departamento de Identificação da Polícia Nacional, com a advertência de que o pagamento restante deveria ser efetuado conforme acordado. No entanto, após a denúncia, a Procuradora Ocampos ordenou a prisão dos supostos autores e, posteriormente, apresentou denúncia contra todos eles.

O Ministério Público fundamenta a acusação com provas documentais, testemunhais e periciais. Entre elas, incluem-se a denúncia oficial, boletins de ocorrência, anotações do Departamento Antissequestro, extratos bancários, imagens de câmeras de segurança, fichas funcionais dos policiais, depoimentos de vítimas e testemunhas, identificação de indivíduos e análise técnica das comunicações entre os réus.

Com base nas provas reunidas, a Procuradora Zunilda Ocampos solicitou que o Tribunal de Garantias Penais encaminhasse o caso a julgamento e mantivesse as medidas de prisão preventiva em vigor, dada a gravidade dos crimes e a alta probabilidade de pena de prisão. O pedido final foi apresentado ao Tribunal de Garantias de Presidente Franco, presidido pela Juíza Carina Frutos Recalde.

Fonte e Foto: ABC

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