É fake: filha de Barroso mora no Brasil e não será deportada dos EUA
Por Tribuna Foz dia em Notícias

É fake: filha de Barroso mora no Brasil e não será deportada dos EUA
A filha de Luís Roberto Barroso, presidente do STF, não mora nos Estados Unidos nem será deportada, como sugerem posts bolsonaristas nas redes sociais. A afirmação falsa começou a circular após a revogação dos vistos americanos de parte dos ministros do STF e seus familiares.
O que aconteceu
A advogada Luna van Brussel Barroso, filha de Barroso, estudou nos Estados Unidos entre 2022 e 2023. Formada em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, fez pós-graduação na Universidade de Yale, em Connecticut.
Hoje Luna mora no Brasil. Trabalha no escritório BFBM - Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados, no qual o pai atuou antes de virar ministro, e é doutoranda em Direito Constitucional na Universidade de São Paulo.
Publicações de perfis de direita sugerem que a filha de Barroso mora nos Estados Unidos e seria deportada. Com fotos da advogada ao lado do pai, as mensagens destacam que não é possível recorrer da revogação do visto. Alguns postos dizem que Barroso estava inconsolável.
A assessoria do STF disse que é falso que a filha de Barroso estuda e advoga nos Estados Unidos. "Também é mentira que ela será deportada. A única filha de Barroso mora no Brasil", afirmou a Corte.
Visto cassado após ação da PF
A revogação dos vistos foi anunciada após operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica. Ele também não poderá mais usar redes sociais e terá de se recolher ao seu domicílio entre 19h e 6h.
Em nota oficial, o governo Lula afirmou que os ministros foram "atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos". Lula chamou a ação de "inaceitável". "Fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações", afirmou o presidente.
Luiz Fux, Kássio Nunes Marques e André Mendonça foram poupados. Os três ministros do STF têm histórico de divergência com os demais colegas da Corte em casos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e a tentativa de golpe de estado. Nunes Marques e Mendonça foram indicados à Corte durante a gestão Bolsonaro.
Fonte: Uol