Ministério Público denuncia seguranças envolvidos na morte de adolescente que tirava mangas do pé em Medianeira
Por Tribuna Foz dia em Notícias

Ministério Público denuncia seguranças envolvidos na morte de adolescente que tirava mangas do pé em Medianeira
Denúncia considera os crimes de homicídio e tentativa de homicídio e prevê o pagamento de indenização por danos morais e materiais de R$ 100 mil aos familiares do adolescente e outras vítimas
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou, nesta quinta-feira (27/02/2025), os quatro seguranças envolvidos na morte do adolescente Luís Fernando Chiarentin, de 14 anos. O jovem morreu após ser agredido enquanto tirava mangas de uma árvore, em Medianeira, no Paraná.
O crime aconteceu em 27 dezembro de 2024. Segundo a polícia, Luís e outros dois amigos colhiam as frutas, em terreno particular, quando foram surpreendidos pelos quatro suspeitos, um deles armado, que os impediu de sair do local.
Adlas Alisson Rodrigues Paula, Gustavo Alves Rodrigues, Jonatan Cremonezi Gomes dos Santos e Josemar Ribeiro foram denunciados pelos crimes de homicídio por motivo fútil e tentativa de homicídio.
No documento, o promotor Leone Nivaldo Gonçalves considerou que os quatro seguranças atuaram "com inequívoco ânimo de matar", por "motivação fútil" e "emprego de meio cruel". Ele ainda alegou que o grupo realizou uma emboscada e que o crime foi cometido mediante "recurso que dificultou a defesa" dos adolescentes.
Além disso, a denúncia também prevê que os familiares de Luis e outros jovens que foram vítimas das agressões recebam uma indenização por danos morais e materiais de R$ 100 mil, por réu.
Por fim, o promotor também solicitou pela manutenção da prisão preventiva dos denunciados. Josemar foi preso em Santa Catarina no último dia 13 de fevereiro e segue detido. Os outros três estão foragidos.
Ao g1, a defesa de Josemar Ribeiro disse que a denúncia "carece de individualização da conduta de cada um dos envolvidos no evento, uma vez que não há qualquer elemento concreto que demonstre vínculo entre a conduta praticada pelo cliente e a morte do adolescente".
"A defesa compromete-se a envidar todos os esforços necessários para demonstrar a inexistência de qualquer envolvimento de Josemar na morte do adolescente, ressaltando que o acusado sequer foi ouvido durante a investigação, apesar de estar preso e à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos dos fatos. No entanto, com o andamento da marcha processual e o exercício do direito ao contraditório, a defesa confia que a responsabilização de cada um dos envolvidos restará perfeitamente delimitada", informou na nota.
Fonte: G1