Após vitória, Milei quer jornada de trabalho de até 12 horas na Argentina
Por Tribuna Foz dia em Notícias
 
                                Após vitória, Milei quer jornada de trabalho de até 12 horas na Argentina
Depois de vencer as eleições legislativas de meio de mandato, o presidente da Argentina, Javier Milei, elegeu como prioridade uma reforma trabalhista que pretende elevar a carga horária de trabalho de oito para até 12 horas por dia.
O que aconteceu
A Lei de Promoção de Investimentos e Emprego contém outras mudanças polêmicas. Além de aumentar a jornada de trabalho para até 12 horas diárias, a reforma quer autorizar o pagamento de parte dos salários em forma de vale-refeição ou alimentação e parcelar em até 12 vezes as multas de processos vencidos por trabalhadores na Justiça.
O motivo alegado é a formalização do emprego para cerca de 8 milhões de argentinos. A mudança seria fundamental para uma subsequente reforma tributária que é considerada um dos principais objetivos de Milei. "Para a reforma tributária, temos um plano para reduzir 20 impostos agora, ampliar a base de arrecadação, de modo que, ao baixar as alíquotas, não faça sentido evadir", disse ele após a vitória eleitoral de domingo (26/10/2025). "Ou seja, que as pessoas não queiram permanecer na informalidade. Mas antes deve haver uma modernização trabalhista."
Regras sobre férias e horas extras também podem mudar. Além de propor incentivos fiscais para pequenas e médias empresas contratarem, a reforma quer fracionar as férias ao longo do ano, trocar horas extras por bancos de horas e mudar as regras sobre licença por doença e acidente de trabalho.
Outro objetivo é reduzir a influência dos acordos trabalhistas. A ideia é acabar com a obrigatoriedade de contribuições sindicais e enfraquecer as convenções coletivas, reduzindo seu tempo de validade, que hoje dura até que um novo acordo coletivo seja fechado entre trabalhadores e empresários.
Até a negociação salarial pode mudar. A proposta é que os aumentos desconsiderem indicadores como a inflação e leve em conta a produtividade e seja decidido não coletivamente, mas empresa por empresa.
O projeto foi apresentado no fim de 2024 pela deputada Romina Diez, do partido de Milei, o Liberdade Avança.
Fonte: Uol
 
        




 
     
    