CASAS DA VILA A

Associações, entidades e moradores da Vila A fazem reunião sobre a venda dos imóveis

Diversas associações, entidades e moradores da Vila A se reuniram para debaterem as vendas dos imóveis da Vila A

Cerca de 40 moradores juntamente com associações, entidades e moradores se reuniram no último domingo (21), no Barracão, para discutirem a situação atual e uma nova possível rodada de negociação junto a Itaipu Binacional sobre as casas da Vila A.

O maior dilema entre os moradores que tem preferência sobre o imóvel são os valores e as dificuldades junto ao mercado financeiro, pois grande parte dos moradores são idosos e não são contemplados num financiamento a longo prazo.

Moradores com mais de 40 anos na Vila A relataram as dificuldades e o descontentamento com os valores propostos e muitos permissionários expressaram surpresa diante do discurso da diretoria da Itaipu, que alega que os valores são atrativos e abaixo do mercado, argumento este que foi rebatido pelos moradores.

"Tanto é que das 28 casas do último leilão, só foram vendidas 3, mostrando que a Itaipu esta equivocada mostrando a inconsistência dos valores", disse um dos moradores.

Ao todo são pouco mais de 900 casas, que segundo a Itaipu, o dinheiro arrecadado será para fins sociais na construção de novas casas populares e o prazo para a solução amigável entre as partes já está se exaurindo.

O interlocutor do SINDIRECEITA, Luiz Antonio Pereira espera que uma nova rodada de negociação entre as partes ocorra nos próximos dias, dando um indicativo que a nova rodada seja bom para os dois lados.

Para Luis Antonio Pereira "Os moradores expressaram a determinação em buscar uma solução que atenda aos interesses da comunidade, destacando a importância de uma negociação justa e transparente entre as partes envolvidas. Uma nova etapa envolverá diálogos mais direto com a Itaipu, visando encontrar um entendimento que beneficie todos os envolvidos e preserve os direitos dos atuais moradores dos imóveis".

Por parte da Itaipu Binacional, a iniciativa da regularização das casas da Vila A, segue as diretrizes do Governo Federal e a missão institucional da Itaipu, como parte do processo de desmobilização de imóveis que já cumpriram a função original e que o valor arrecadado com os imóveis serão usados para construção de moradias populares em Foz do Iguaçu.

"A iniciativa de vender imóveis aos moradores em situação regular é parte da atual gestão da Itaipu. A avaliação dos imóveis, seguindo a Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Urbanos, é realizada por uma empresa especializada e validada por uma Comissão de Avaliação, definindo valores mínimo, médio e máximo de mercado. Um desconto é aplicado sobre o valor mínimo para chegar ao valor de liquidação forçada, e apenas a planta original do imóvel é considerada, excluindo benfeitorias e reformas".

Segundo a Itaipu, moradores sem outros imóveis em Foz do Iguaçu têm um desconto adicional de 25% sobre o valor mínimo de liquidação forçada.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 384, página 16, de autoria do jornalista Enrique Alliana