Conselho Nacional de Justiça marca julgamento de Moro para próxima semana
Por Tribuna Foz dia em Notícias
Conselho Nacional de Justiça marca julgamento de Moro para próxima semana
Após escapar da cassação no TRE-PR, o ex-juiz enfrenta agora processo sobre 'gestão caótica' na Lava Jato. Apesar de estar marcado para a terça-feira (16/04/2024), pode não haver tempo hábil para concluir julgamento por causa de outros itens na pauta do Conselho
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima terça-feira (16/04/2024) o julgamento do relatório final da correição feita pelo CNJ (Conselho Nacional da Justiça)na Operação Lava Jato, anteriormente comandada pelo ex-juiz Sergio Moro.
Barroso, que acumula a presidência do CNJ, aguardou a conclusão do julgamento no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) que analisou possível abuso de poder econômico na campanha que elegeu Moro ao Senado. Por 5 votos a 2, a corte eleitoral livrou o senador da cassação na terça-feira (9).
Há a previsão de que, embora na pauta, a discussão não seja iniciada na próxima terça. Como a correição na Lava Jato é o 12º item de uma pauta de 17, pode não haver tempo hábil. Nesse caso, a discussão é jogada para as sessões subsequentes.
O relator da correição, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e corregedor Nacional, Luís Felipe Salomão, já havia concluído o relatório na semana passada. Em parecer parcial divulgado em setembro, uma auditoria na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná e no Tribunal Regional Federal da Quarta Região apontou "gestão caótica" dos recursos arrecadados em função de acordos e condenações da Lava Jato. A conduta da juíza Gabriel Hardt também foi alvo de avaliação.
Como Moro já não é mais juiz, o encaminhamento deve ser o de enviar uma notícia crime ao Ministério Público Federal para dar andamento a uma investigação criminal contra Moro. O CNJ não tem prerrogativa para esse tipo de processo e aplica somente sanções disciplinares a juízes.
O plenário é formado por juízes estaduais, federais, além de representantes das cortes superiores, Ministério Público e advocacia.
Fonte: G1