Golpe do Falso Médico: Familiar de paciente em UTI quase paga R$ 6,8 mil por remédio no Hospital Municipal

Estelionatário com informações privilegiadas de paciente internado tentou aplicar golpe; Polícia investiga vazamento de dados

Uma tentativa de golpe de estelionato chamou a atenção das autoridades em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O familiar de um paciente internado na UTI do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, por conta de uma grave infecção, foi alvo de uma cobrança fraudulenta e urgente para a compra de um medicamento. O caso foi registrado na delegacia, e as autoridades investigam se o golpista teve acesso a informações internas da unidade de saúde.

A Urgência e o Pedido de Depósito

O familiar da vítima, internada na UTI, recebeu uma ligação de um homem que se identificou como "Dr. Marcelo Silva". Ele relatou que o paciente havia contraído uma bactéria resistente e que os antibióticos utilizados não estavam surtindo efeito.

O suposto médico informou que havia solicitado um medicamento de alto custo de forma emergencial. No entanto, ele alegou que a Secretaria de Saúde precisaria de 24 horas para liberar a verba e efetuar a compra, um prazo que, segundo ele, colocaria o paciente em risco de vida.

Para não esperar a liberação oficial, o indivíduo solicitou que o familiar realizasse um depósito imediato de R$ 6.800,00 em uma conta poupança, prometendo que o valor seria reembolsado pela Secretaria de Saúde em até 24 horas. Os dados bancários (conta e chave Pix/CPF) fornecidos estavam em nome de um terceiro, um suposto "Dr. Tiago Alves de Oliveira".

O alerta e a investigação hospitalar

Antes de realizar o pagamento, o familiar entrou em contato com uma responsável pelo setor no hospital para verificar a autenticidade das informações. A funcionária da unidade de saúde confirmou que a abordagem era um golpe e alertou que o esquema já havia sido tentado outras vezes.

A representante do hospital informou ainda que a instituição está conduzindo uma investigação interna para apurar um possível vazamento de informações confidenciais sobre os pacientes, o que poderia estar auxiliando os golpistas.

Golpista com acesso a dados privilegiados

O comunicante ressaltou às autoridades que o indivíduo que se passou por médico demonstrou ter informações detalhadas e privilegiadas sobre o estado de saúde do paciente, narrando os fatos "com convicção". O golpista sabia que a vítima estava em estado grave, internada com infecção generalizada e em tratamento com antibióticos.

O boletim de ocorrência foi registrado, fornecendo os dados da conta bancária utilizada para a tentativa de fraude, para que a Delegacia de Polícia possa dar seguimento à investigação do crime de estelionato.

Fonte: Assessoria