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Governo de Milei sinaliza ajuste fiscal ainda mais profundo na Argentina

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Governo de Milei sinaliza ajuste fiscal ainda mais profundo na Argentina

O ministro da Economia, Luis Caputo, confirmou uma informação publicada pela imprensa local, que diz que o presidente argentino ordenou medidas mais rigorosas para cumprir a meta de superávit fiscal de 1,6%

O governo da Argentina está analisando medidas ainda mais profundas de ajuste fiscal, sinalizou o ministro da Economia do país, Luis Caputo, nesta sexta-feira 20 de junho de 2025.

O que é ajuste fiscal

Ajuste fiscal é um conjunto de medidas adotadas para equilibrar as contas públicas — ou seja, reduzir o déficit (saldo negativo) ou gerar superávit (saldo positivo). As ações podem incluir cortes de gastos, aumento de impostos e outras mudanças na política fiscal.

Ministro da Economia

Caputo compartilhou uma publicação baseada em reportagem da imprensa local, segundo a qual o presidente Javier Milei havia orientado seus ministros a adotar medidas mais duras para alcançar a meta de superávit fiscal de 1,6%.

"É verdade", escreveu Caputo no X, em uma publicação que mais tarde foi compartilhada pelo próprio Milei.

A declaração reforça a imagem de que o governo de Javier Milei segue comprometido com a austeridade nas contas públicas, enquanto busca manter de pé o acordo do país com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

A melhora nos indicadores econômicos fez com que Milei alcançasse, em 11 abril, um empréstimo de US$ 20 bilhões junto ao fundo. A primeira parcela, de US$ 12 bilhões, foi disponibilizada ao país poucos dias depois.

O repasse desses recursos representa um voto de confiança do fundo internacional no programa econômico do presidente argentino. Os valores anunciados se somam a dívidas antigas do país junto ao FMI, que já superavam os US$ 40 bilhões.

Os cortes de Milei

Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. Com isso, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor.

Por um lado, o rigoroso ajuste econômico tem contribuído para estabilizar a economia do país sul-americano e controlar a inflação, atraindo investidores e impulsionando os mercados. Por outro, essa medida provocou uma série de protestos entre servidores públicos e aposentados.

O país também observou uma intensificação da pobreza no primeiro semestre de 2024, com 52,9% da população nessa situação. No segundo semestre, o percentual caiu para 38,1% — um total de 11,3 milhões de pessoas.

O que diz o artigo republicado por Caputo e Milei?

O artigo original do jornal El Cronista afirma que o presidente Javier Milei ordenou que os ministros de seu gabinete implementassem cortes adicionais, mesmo com o país registrando superávits fiscais mensais regulares — ou seja, arrecadação superior aos gastos.

A reportagem não especifica os valores dos cortes adicionais, embora diga que as medidas serão detalhadas aos ministros nos próximos dias.

Segundo dados do Ministério da Economia, o superávit primário acumulado nos primeiros cinco meses do ano chegou a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) argentino, enquanto o superávit financeiro ficou em 0,3%, beneficiado por menores pagamentos de juros.

Fonte: G1, com informações da agência de notícias Reuters

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