Ministro do STF manda governador depor à PF após fala sobre Bolsonaro e Valdemar
Por Tribuna Foz dia em Notícias
Ministro do STF manda governador depor à PF após fala sobre Bolsonaro e Valdemar
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), depor à Polícia Federal após dizer que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, "conversam muito". O contato entre os dois, no entanto, está proibido por decisão de Moraes.
O que aconteceu
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), deverá prestar depoimento em até 15 dias, segundo despacho de Moraes. "O nosso presidente Valdemar conversa muito com o Bolsonaro, que é o presidente de honra", disse o governador na última segunda-feira (13/01/2025).
O governador disse ainda que Valdemar está "amargurado" com proibição de Moraes. Segundo ele, o presidente do PL teve que providenciar uma sala distante do seu gabinete na sede do partido para que não ficasse perto de Bolsonaro durante as passagens dele por ali nas idas a Brasília. "Espero que daqui a pouquinho eles possam conversar na mesma sala para se ajudar mais".
Em nota, a assessoria de comunicação do PL nacional afirmou que Valdemar não mantém "qualquer contato" com Bolsonaro. Ainda segundo o posicionamento, o presidente do partido tem "respeito absoluto" pelas determinações colocadas pelo STF. Também de acordo com a assessoria, qualquer declaração contrária é fruto de "equívoco ou mal-entendido".
Advogado e assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o governador apenas discordou da restrição de contato entre Valdemar e o ex-presidente. "O governador Jorginho Mello reforça, como disse na própria entrevista, que discorda completamente da restrição imposta contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, e reafirma que ambos seguem cumprindo a decisão judicial apesar de ser injusto, segundo o próprio governador", disse, em nota enviada ao UOL.
Alexandre de Moraes proibiu Valdemar e Bolsonaro de se comunicarem. A determinação foi dada no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa que teria atuado em uma tentativa de golpe para manter Bolsonaro na Presidência da República.
Estratégias para evitar encontros. Em eventos políticos com presença de Bolsonaro e Valdemar, eles têm chegado em horários diferentes para não se encontrar e se revezado no palco para fazer discurso.
Fonte: UOL