Vereadora Valentina Rocha nomeia parente como assessor do seu próprio gabinete
Por Tribuna Foz dia em Notícias
IMORALIDADE
Vereadora Valentina Rocha nomeia parente como assessor do seu próprio gabinete
Vereadora Valentina Rocha, do PT começou com o pé esquerdo. Não é porque ela é do PT que deveria começar com o pé esquerdo. Para quem não sabe o jargão "Começar com o pé esquerdo" é uma expressão idiomática que significa começar algo de forma ruim ou infeliz
Na política, a ética e os escrúpulos parecem ser facilmente deixados de lado logo após o término das eleições. Se antes muitos acreditavam que a nova legislatura em Foz do Iguaçu traria renovação e melhorias, episódios como o protagonizado pela vereadora Valentina Rocha Virgílio, do Partido dos Trabalhadores (PT), mostram que, para alguns, a situação pode até ter piorado.
Recém-empossada, Valentina Rocha começou sua trajetória política com uma decisão polêmica que deixou eleitores decepcionados. A vereadora nomeou Fernando Graciano da Rocha como Assessor Parlamentar de seu gabinete. O problema? Fernando é primo da vereadora, filho de seu tio, configurando um parentesco de 4º grau.
Embora a nomeação não se enquadre tecnicamente como nepotismo, de acordo com as leis vigentes, a atitude é vista como uma afronta aos princípios éticos que deveriam nortear a administração pública. Muitos consideram a ação como uma imoralidade, um claro exemplo de como a política muitas vezes é usada para beneficiar interesses familiares, em detrimento dos valores que deveriam ser priorizados, como competência e meritocracia.
A polêmica da imoralidade na política
A nomeação de parentes para cargos públicos, mesmo quando não configura nepotismo, é amplamente criticada pela sociedade. Isso porque tais práticas alimentam a percepção de que os políticos utilizam o poder para favorecer suas famílias e ignoram a necessidade de qualificar os quadros públicos com profissionais capacitados e independentes.
No caso de Valentina Rocha, a repercussão foi ainda mais negativa devido à bandeira que a vereadora carregava durante sua campanha. Como membro do Partido dos Trabalhadores, que historicamente defende a justiça social e a transparência, esperava-se que suas ações refletissem tais ideais. Contudo, essa primeira grande decisão deixou muitos eleitores com uma sensação de traição.
Nepotismo X Imoralidade
É importante entender a diferença entre nepotismo e imoralidade. O nepotismo, definido pelo favorecimento direto de parentes em cargos públicos, é proibido por lei em diversas esferas do governo. No entanto, casos como o de Valentina mostram que há uma lacuna ética, já que a legislação não abrange todas as situações que, moralmente, deveriam ser evitadas.
No caso em questão, o parentesco de 4º grau não configura nepotismo, mas isso não exime a vereadora de críticas. A população tem exigido cada vez mais que os representantes eleitos ajam de forma transparente e responsável, deixando de lado interesses pessoais e familiares. A nomeação de Fernando Graciano da Rocha para um cargo de comissão no gabinete da vereadora pode não ser ilegal, mas é amplamente vista como um ato que despreza a ética na administração pública.
Impacto junto à opinião pública
A reação nas redes sociais e entre os eleitores foi imediata e negativa. Muitos cidadãos expressaram sua decepção com Valentina Rocha, apontando que atitudes como essa apenas reforçam a ideia de que a política brasileira está longe de alcançar os padrões de moralidade e responsabilidade esperados pela sociedade.
Frases como "Não votei nela para isso" e "Mais do mesmo na política" foram comuns nos comentários de pessoas que tiveram ciência ao caso. Para uma vereadora que se apresentava como uma opção renovadora e ética, o desgaste político causado por essa nomeação é um golpe difícil de superar, especialmente tão cedo em seu mandato.
O papel da Câmara e da população
A polêmica envolvendo Valentina Rocha também reacende o debate sobre o papel dos vereadores e da própria Câmara Municipal. Cabe aos demais parlamentares e aos órgãos fiscalizadores garantir que as nomeações atendam não apenas aos critérios legais, mas também aos princípios de moralidade administrativa.
Por outro lado, a população também tem um papel crucial nesse processo. É fundamental que os cidadãos mantenham a vigilância sobre os atos dos políticos eleitos, cobrando explicações e ações concretas quando perceberem desvios éticos. No caso de Valentina, a pressão pública pode ser determinante para que a vereadora reveja sua postura e adote práticas mais alinhadas com os valores que ela defendeu durante sua campanha.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 404, página 16, de autoria do jornalista Enrique Alliana
Veja o Jornal na integra: https://tribunafoz.com/uploads/files/2025/01/jornal-tribuna-popular-edicao-404-pdf.pdf