Tribuna Foz - Tribuna Foz

Ataques de Israel a hospital em Gaza deixa 20 mortos, incluindo 5 jornalistas

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Ataques de Israel a hospital em Gaza deixa 20 mortos, incluindo 5 jornalistas
  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp

Ataques de Israel a hospital em Gaza deixa 20 mortos, incluindo 5 jornalistas

Um dos repórteres era funcionário da Reuters, de acordo com a agência de notícias. Segundo bombardeio ocorreu quando jornalistas e equipes de resgate estavam no local, no hospital Nasser, no sul de Gaza. Israel disse lamentar ocorrido

Um ataque em sequência de Israel em um hospital no sul da Faixa de Gaza nesta segunda-feira (25/05/2025) deixou 20 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.

Cinco vítimas eram jornalistas da imprensa internacional. Um deles trabalhava para a agência de notícias Reuters, de acordo com a pasta. Outra repórter era colaboradora da agência de notícias Associated Press. Um terceiro trabalhava para a rede de TV árabe Al Jazeera, e os outros dois colaboravam com diversos meios.

O hospital foi atingido com dois mísseis. Testemunhas disseram à Reuters que houve um intervalo entre os dois ataques: a segunda ofensiva, de acordo com os relatos, ocorreu depois de que equipes de resgate e jornalistas estavam no local.

Imagens registraram, de dentro e de fora do hospital, o momento em que o segundo míssil atinge o hospital (veja vídeo acima). Atenção: as imagens são fortes.

As agências Reuters e Associated Press confirmaram que funcionários foram mortos nos ataques. Eles foram identificados como:

•             Hussam al-Marsi, repórter da Reuters;

•             Mariam Dagga, videojornalista e colaboradora da Associated Press;

•             Mohammad Salama, fotógrafo da TV catari "Al Jazeera";

•             Moaz Abu Taha, que prestava serviços à TV americana "NBC";

•             Ahmed Abu Aziz, que trabalhava para veículos árabes.

A Reuters disse que outro funcionário, o fotógrafo Hatem Khaled, ficou ferido em um dos bombardeios. Uma transmissão ao vivo da Reuters que era feita de cima do hospital no momento da primeira explosão foi interrompida.

O Exército israelense confirmou o ataque e disse não ter tido jornalistas como alvo e afirmou que abriria uma investigação. "Deixe-me ser claro: as Forças de Defesa de Israel não miram civis", disse um porta-voz do órgão. O gabinete do premiê Benjamin Netanyahu não quis comentar o ataque ao hospital.

Israel não permite a entrada em Gaza de repórteres de agências de notícias ou grandes veículos internacionais para cobrir o conflito, o que contraria diretrizes da ONU que asseguram o direito da presença de jornalistas dentro de zonas de guerra. Para contornar a questão, meios de comunicação internacionais contratam jornalistas locais para reportarem a situação de dentro do enclave.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou "não estar feliz" com o ataque israelense: "Não quero ver isso", disse durante coletiva na Casa Branca —os EUA são os maiores aliados de Israel. Trump fez novos apelos por um acordo para a libertação dos reféns israelenses ainda em poder do Hamas.

Em comunicado, a Reuters lamentou as mortes dos jornalistas:

“Estamos devastados com a notícia da morte do contratado da Reuters Hussam al-Masri e dos ferimentos de outro de nossos contratados, Hatem Khaled, em ataques israelenses ao hospital Nasser, em Gaza, hoje. Estamos buscando urgentemente mais informações e pedimos às autoridades em Gaza e em Israel que nos ajudem a conseguir assistência médica imediata para Hatem”, disse um porta-voz da agência.

No início de agosto, outros cinco profissionais da emissora Al Jazeera morreram em um ataque de Israel. O país acusou os jornalistas de integrarem o Hamas, o que a "Al Jazeera" nega.

O ataque ocorre em meio a uma intensificação da ofensiva israelense em Gaza, com o início de uma ampla operação terrestre para tomar a Cidade de Gaza e, posteriormente, a totalidade do território palestino. Tanques israelenses foram vistos se posicionando na fronteira com Gaza nesta segunda-feira, e aviões e

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, mais de 240 jornalistas palestinos foram mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. A Associação de Jornalistas Internacionais condenou o ataque.

A guerra na Faixa de Gaza começou em outubro de 2023, depois de terroristas do Hamas invadirem o sul de Israel, matando 1.400 pessoas e sequestrando centenas de outras. Em Gaza, os ataques de Israel já deixaram mais de 63 mil mortos, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo Hamas. A ONU diz ter verificado o balanço do ministério.

Fonte: G1

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp