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Procuradora-geral do exército de Israel é presa após vídeos mostrarem abusos a palestinos

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Procuradora-geral do exército de Israel é presa após vídeos mostrarem abusos a palestinos
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Procuradora-geral do exército de Israel é presa após vídeos mostrarem abusos a palestinos

Yifat Tomer-Yerushalmi, ex-procuradora-geral do Exército de Israel, foi detida no âmbito de uma investigação sobre o vazamento de imagens que mostram supostos maus-tratos contra detentos palestinos cometidos por soldados israelenses, informou nesta segunda-feira (03/11/2025) o ministro da Segurança.

Após anunciar sua demissão na sexta-feira, Tomer-Yerushalmi permaneceu desaparecida por várias horas durante o domingo, o que alimentou especulações na imprensa de que poderia ter cometido uma tentativa de suicídio.

Em sua carta de renúncia, publicada na sexta-feira pela imprensa, a ex-procuradora reconheceu que seu gabinete entregou os vídeos que geraram escândalo à imprensa.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, anunciou nesta segunda-feira em uma mensagem no Telegram que foi estabelecido, à luz dos acontecimentos da noite anterior, que "o Serviço Penitenciário atue com extrema vigilância para garantir a segurança da detenta".

Após reportagens publicadas pela imprensa israelense, o Exército anunciou em fevereiro de 2025 o indiciamento de cinco soldados por supostos maus-tratos a um detento palestino em julho de 2024 no centro penitenciário de Sde Teiman, perto da Faixa de Gaza, onde estão os palestinos detidos desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023.

A emissora Channel 12 exibiu imagens gravadas por uma câmera de segurança que sugerem, sem mostrar explicitamente, que soldados israelenses cometeram atos ilícitos contra um palestino detido, mas nas imagens os militares seguram seus escudos, o que não permite observar exatamente o que aconteceu.

O Exército israelense informou que a Procuradoria militar acusou cinco reservistas de agressões e de provocar pressões a um detento.

Segundo a acusação, os soldados "atuaram com grande violência contra o detento" e provocaram "lesões graves", incluindo costelas quebradas, um pulmão perfurado e uma fissura anal, segundo o comunicado militar.

O documento de acusação menciona diversas evidências coletadas durante a investigação, incluindo imagens das câmeras de segurança e documentos médicos.

O centro de detenção de Sde Teiman foi instalado em uma base militar para abrigar palestinos detidos, em particular na Faixa de Gaza, após o início da guerra entre Israel e Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista palestino em território israelense em 7 de outubro de 2023.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, publicou um relatório em julho de 2024 no qual afirma que, desde o ataque de 7 de outubro, muitos palestinos foram detidos secretamente e, em alguns casos, submetidos a tratamentos que poderiam ser considerados tortura.

Fonte: Uol

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