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Secretário de Administração é denunciado por assédio sexual dentro da prefeitura

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Secretário de Administração é denunciado por assédio sexual dentro da prefeitura
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BAIXARIA

Secretário de Administração é denunciado por assédio sexual dentro da prefeitura

Denunciado em setembro passado, Edson Luiz Pagnussat teria constrangido vítimas: "essa aí é a coroa mais gostosa da prefeitura"; "ah, esses peitão"

O secretário municipal de Administração de Foz do Iguaçu, Edson Luiz Pagnussat, é alvo de um inquérito policial em que é investigado pela prática do crime de assédio sexual contra servidoras da Prefeitura. Denunciado por uma mulher que pediu para não ter seu nome revelado pela reportagem, a situação foi encaminhada à Delegacia da Mulher em setembro passado.

"Comparece nesta especializada a noticiante… para relatar que trabalhou com Ed son na Prefeitura no período de janeiro ou fevereiro de 2023, até setembro de 2023, em uma mesma sala, na secretaria da Transparência e Governança", inicia a vítima ao relatar o caso em seu Boletim de Ocorrência.

Segundo a servidora publica concursada no cargo de Assistente Administrativo Especialista, situações constrangedoras com Edson ocorreriam também com outras mulheres do ambiente de trabalho. "Ele falava coisas pejorativas, não somente com ela, mas com outras colegas também. Coisas do tipo 'essa daí é a coroa mais gostosa da prefeitura', 'ah, se eu fosse solteiro', 'ah, esses peitão", detalhou a denunciante.

Em outro trecho, a vítima afirma que Edson "fazia acusações da noticiante ficar atrás de homens, neste sentido e quando ela estava de salto alto falava 'nossa tá grandona hoje", pontua. Em um dia atípico de humor, Edson teria dito "fumou um".

De acordo com o Boletim de Ocorrência, Edson exercia cargo superior à vítima, e por vezes telefonava para saber onde ela estava e o que estava fazendo. "Também olhava o computador da noticiante para verificar o que ela estaria fazendo e olhava tudo o que a noticiante postava no Instagram dela. Também informa que o noticiado certa vez chegou a dizer para a filha da noticiante 'sua mãe tá melhor que você', relacionado ao corpo da noticiante.

PERSEGUIÇÃO

A vítima relatou ainda que Edson foi transferido de um órgão municipal para outro e, em seguida, a convidou para acompanhá-lo. Após dizer que não tinha interesse na mudança, algum tempo depois recebeu um memorando solicitando a transferência dela para o órgão que Edson estava.

"Após essa transferência, quando estavam junto a um vereador da cidade, Edson chegou a dizer 'agora não configura assédio né, agora posso chamar a (vitima servidora)… para sair já que não sou superior dela mais, posso chamar de minha morena".

CRIME

"Assédio sexual desencadeou gatilhos do passado", relata vítima

Situação teria envolvido ao menos duas funcionárias da Prefeitura; governo Chico Brasileiro e primeira dama Rosa Geronymo ignoram o caso

Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência registrado em setembro passado contra o atual secretário de Administração do governo Chico Brasileiro, a vítima do assédio sexual supostamente praticado por Edson Luiz Pagnussat que hoje recebe um salário bruto de R$ 17.659,27, relatou ter desencadeado gatilhos "de situações do passado em que sofreu esse tipo de violação". Em razão disso, a vítima pediu providências à Polícia Civil.

Para comprovar seu relato, a vítima indicou uma colega que também teria sofrido situações semelhantes de assédio sexual por parte de Edson, além de outros dois homens colegas de repartição.

Antes de ser nomeado secretário municipal de Administração de Chico Brasileiro, em junho passado, Edson ocupava o cargo de diretor de Comércio Exterior e Logística, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Comercial, Industrial e Agropecuário, função exercida à época dos fatos narrados pela vítima.

PENA

O crime de assédio sexual encontra previsão no art.216-A do Código Penal. "Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função". Com pena prevista de detenção de 1 a 2 anos.

Embora se apresente como um governo voltado à promoção do combate à violência contra a mulher, até o momento o prefeito Chico e a primeira dama Rosa não se manifestaram sobre o caso.

Esta é uma reprodução jornalística publicado pelo Jornal Tribuna Polular, Edição 387, páginas 4 e 5

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