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A imoralidade chegou ao gabinete do Vereador Beni Rodrigues

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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SEM VERGONHA?

A imoralidade chegou ao gabinete do Vereador Beni Rodrigues

O caso do gabinete de Beni Rodrigues, infelizmente, mostra o contrário, um exemplo do que não se deve fazer com a confiança depositada nas urnas

A velha prática de usar o serviço público como trampolim político, infelizmente, continua viva em Foz do Iguaçu. Uma recente apuração revelou que o gabinete do Vereador Beni Rodrigues, conhecido por sua longa atuação no Legislativo municipal, agora é alvo de críticas por possível imoralidade administrativa. Em vez de buscar eficiência com os recursos já disponíveis, o vereador parece querer mais, sempre às custas do contribuinte.

Atualmente, Beni Rodrigues conta com quatro assessores parlamentares, cada um com salário bruto de R$ 11.191,36. Isso já representa um custo significativo aos cofres públicos, compatível com a média de assessorias nos demais gabinetes. No entanto, o vereador conseguiu, de forma questionável, ampliar seu time com uma quinta integrante: a servidora municipal Neura Ines Schussler, cedida pela Prefeitura com ônus para o município, ou seja, paga com recursos do Executivo, mas atuando em benefício direto de um único parlamentar.

O salário de Neura não é modesto: R$ 9.395,12 brutos. Ela ocupa o cargo de Assistente Administrativo Especialista e agora está lotada na Câmara Municipal, sem exercer suas funções de origem, e sim atendendo exclusivamente ao gabinete de Beni Rodrigues. O que mais espanta é que cessões de servidores normalmente são realizadas para atender demandas da instituição como um todo, não para reforçar individualmente o staff de um vereador.

Essa manobra levanta questões sérias sobre os limites éticos e administrativos da atual legislatura. Além de questionar o bom senso do próprio vereador, a situação expõe o despreparo e a omissão do presidente da Câmara, Paulo de Brito, que autorizou essa cessão sem aparente justificativa funcional adequada. Afinal, como justificar a cessão de um servidor da Prefeitura para o apoio exclusivo de um gabinete parlamentar?

A preocupação se agrava quando se pensa no precedente perigoso que isso pode criar. Se cada vereador resolver solicitar mais um assessor cedido pela Prefeitura, o Executivo municipal poderá acabar arcando com o custo de dezenas de servidores deslocados de suas funções originais, apenas para alimentar os interesses políticos e operacionais individuais de cada mandato.

A população de Foz do Iguaçu, já sobrecarregada por problemas em áreas como saúde, educação e segurança, não pode mais tolerar esse tipo de uso indevido da máquina pública. A transparência, o zelo com o dinheiro do povo e a moralidade administrativa devem ser princípios inegociáveis. O caso do gabinete de Beni Rodrigues, infelizmente, mostra o contrário, um exemplo do que não se deve fazer com a confiança depositada nas urnas.

É hora de cobrar, fiscalizar e exigir mudanças. Porque o que está em jogo não é apenas um cargo ou uma nomeação, é o respeito pelo cidadão e pelo serviço público.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 413, Página 10

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