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Agência do Bradesco de Foz não cumpre a lei e deixa clientes revoltados pela falta de atendimento

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Agência do Bradesco de Foz não cumpre a lei e deixa clientes revoltados pela falta de atendimento
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DESRESPEITO

Agência do Bradesco de Foz não cumpre a lei e deixa clientes revoltados pela falta de atendimento

Banco eficiente é aquele que valoriza o tempo de seus clientes e oferece um atendimento ágil

Para um correntista, um banco eficiente é aquele que valoriza o tempo de seus clientes e oferece um atendimento ágil. Mas e quando isso não acontece? Na última sexta-feira, 24 de janeiro de 2025, os clientes do Banco Bradesco, localizado na Avenida Brasil em Foz do Iguaçu, enfrentaram uma verdadeira prova de paciência ao tentar acessar os serviços da agência.

Logo na entrada, ao retirar a senha para atendimento, os clientes se deparam com informações claras e diretas sobre o tempo máximo de espera permitido por lei. A mensagem impressa nos comprovantes faz referência ao Artigo 1 da Lei nº 3110/2005, que determina:

•       Até 20 minutos para dias normais;

•       Até 30 minutos em vésperas ou após feriados prolongados.

A legislação ainda ressalta que o não cumprimento desses prazos configura uma prática abusiva, sujeita a sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor e no Decreto Federal nº 2.181/97. Além disso, o aviso inclui o telefone do PROCON: 0800 045-1512, indicando que os clientes têm direito a registrar reclamações.

Realidade longe da teoria

Apesar das orientações legais, a realidade enfrentada pelos correntistas foi bem diferente. Na sexta-feira, vários clientes relataram tempos de espera superiores a 60 minutos, com alguns chegando a aguardar até 80 minutos para serem atendidos no caixa. O desrespeito à lei não passou despercebido, e muitos tentaram questionar os funcionários da agência. No entanto, ao invés de uma resposta compreensiva, o que receberam foram atitudes de descaso e até deboche.

"É um absurdo! Eles não respeitam a gente como cliente. Quando reclamamos, eles ainda zombam da nossa cara", comentou uma das correntistas, visivelmente frustrada.

Afinal, a quem recorrer?

O que agrava ainda mais a situação é a proximidade do Banco Bradesco com a sede do PROCON de Foz do Iguaçu – literalmente colado de parede. Muitos clientes, indignados com o atendimento, buscaram apoio no órgão de defesa do consumidor, esperando que uma fiscalização fosse realizada.

No entanto, a resposta do PROCON foi ainda mais desanimadora. De acordo com relatos, o atendente do órgão informou que não realiza mais fiscalizações nas agências bancárias. Sem fiscalização ativa, a sensação de impotência tomou conta dos clientes, que ficaram sem saber a quem recorrer.

Direitos ignorados e clientes prejudicados

Essa situação expõe uma grave falha no sistema de proteção ao consumidor. De um lado, bancos que ignoram leis e regras básicas de atendimento; do outro, um órgão que deveria atuar como fiscalizador, mas que parece ter abandonado esse papel fundamental.

A legislação é clara quanto às responsabilidades dos bancos em garantir um atendimento eficiente e respeitar o tempo dos clientes. O descumprimento dessas normas não apenas prejudica os consumidores, mas também contribui para a percepção de que as instituições financeiras estão acima da lei.

Reações nas redes sociais

Após o ocorrido, muitos clientes recorreram às redes sociais para relatar a experiência e alertar outros correntistas sobre o atendimento precário do Banco Bradesco. Alguns chegaram a sugerir ações coletivas contra a instituição, enquanto outros pediram uma atuação mais firme do Ministério Público e do PROCON estadual.

"Se o PROCON de Foz não faz mais fiscalização, então quem vai defender nossos direitos? Estamos à mercê da boa vontade dos bancos!", escreveu um usuário indignado em um grupo local no Facebook.

Qual a solução?

Para os clientes que se sentirem prejudicados, ainda restam algumas alternativas:

1.      Registrar uma reclamação formal no Banco Central: O órgão regulador do sistema financeiro pode receber queixas sobre atendimento bancário.

2.      Buscar suporte no PROCON Estadual: Caso o PROCON municipal não esteja atuando, o órgão estadual pode ser acionado.

3.      Procurar o Ministério Público: O MP pode investigar a prática abusiva e buscar soluções para garantir o cumprimento da lei.

4.      Ação judicial: Consumidores lesados podem ingressar com ações no Juizado Especial Cível para exigir reparação pelos danos sofridos.

Fato

A situação na agência do Bradesco da Avenida Brasil em Foz do Iguaçu é um reflexo de um problema maior: o desrespeito ao consumidor e a falta de fiscalização efetiva. Enquanto os bancos continuam lucrando, os clientes enfrentam filas intermináveis, descaso e desrespeito.

É preciso que os órgãos competentes retomem o papel de fiscalização ativa e garantam que as leis sejam cumpridas. Caso contrário, os direitos dos consumidores continuarão sendo ignorados, e episódios como esse se tornarão cada vez mais frequentes.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 404, página 11, de autoria do jornalista Enrique Alliana

Veja o Jornal na integra: https://tribunafoz.com/uploads/files/2025/01/jornal-tribuna-popular-edicao-404-pdf.pdf

 

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