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Após calote de empresa, Sindicato garante 74% do acerto rescisório dos motoristas do SAMU de Foz do Iguaçu

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Após calote de empresa, Sindicato garante 74% do acerto rescisório dos motoristas do SAMU de Foz do Iguaçu
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SAMU

Após calote de empresa, Sindicato garante 74% do acerto rescisório dos motoristas do SAMU de Foz do Iguaçu

Apesar do avanço, o processo ainda enfrenta entraves burocráticos. No entanto, até o momento, a Prefeitura não finalizou os valores, o que mantém parte dos trabalhadores em incerteza

Enrique Alliana - Jornalista

Os motoristas das ambulâncias do SAMU em Foz do Iguaçu, contratados pela empresa AM ABS Ltda., enfrentaram meses de incertezas e prejuízos trabalhistas. Desde o início da prestação de serviços, a empresa acumulava atrasos salariais, deixava de recolher o Fundo de Garantia e era alvo de bloqueios judiciais provenientes de outras cidades onde também atuava. Diante desse cenário, o SITROFI (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu) acionou rapidamente o Ministério Público do Trabalho (MPT), que passou a conduzir diversas mediações para tentar minimizar os danos aos trabalhadores.

Com o fim do contrato, encerrado em 27 de outubro de 2025, cresceu a preocupação de que o saldo final , cerca de R$ 364 mil que a Prefeitura deveria repassar à AM ABS, fosse bloqueado judicialmente, deixando os motoristas novamente sem garantia de pagamento. Para evitar o prejuízo iminente, o SITROFI, o MPT, a Procuradoria Geral do Município e representantes da empresa firmaram um acordo para que a Prefeitura efetuasse diretamente o pagamento das verbas rescisórias aos 38 trabalhadores.

Em assembleia, os próprios motoristas aprovaram a proposta, avaliando que essa seria a forma mais segura e rápida de receber os valores. Pelo acordo, o Sindicato e a Procuradoria ficaram responsáveis pelo rateio das rescisões, garantindo 74% dos direitos devidos. Já os 26% restantes ficariam sob responsabilidade da empresa, que deverá apresentar uma proposta de pagamento futuro. Uma reunião entre o SITROFI e a AM ABS está agendada para o dia 1º de dezembro, quando serão discutidos os prazos e condições para a quitação do saldo pendente.

Apesar do avanço, o processo ainda enfrenta entraves burocráticos. Em ata registrada no MPT, o Procurador do Município solicitou prazo até 11 de novembro para concluir o cálculo exato das rescisões. No entanto, até o momento, a Prefeitura não finalizou os valores, o que mantém parte dos trabalhadores em incerteza.

O caso expõe mais uma vez os riscos de terceirizações mal fiscalizadas e a importância da atuação sindical para assegurar direitos básicos diante de empresas que descumprem obrigações trabalhistas.

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