Após entregar o PV ao Bobato, presidente do COMUS garante filha empregada no Hospital
Por Tribuna Foz dia em Notícias
DENÚNCIA
Após entregar o PV ao Bobato, presidente do COMUS garante filha empregada no Hospital
Com salário mensal de R$ 5.463, Michelle Vanura é assessora especial da Fundação Municipal de Saúde; situação escandaliza barganha política na gestão de Brasileiro
A indicação de Michelle Vanura Paulo Alves ao cargo de Assessor Especial 4 na Fundação Municipal de Saúde escandaliza a prática de barganha política impregnada na gestão do prefeito Chico Brasileiro (PSD).
Nomeada em 2 de setembro passado, a comissionada subordinada à direção do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu é filha de Dilson Paulo Alves, presidente do Conselho Municipal de Saúde (COMUS). Dentre as principais funções do órgão, consta a fiscalização sobre a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no hospital.
Reeleito presidente do COMUS em maio de 2023, Dilson Paulo disse à época que sua meta seria fortalecer os conselhos locais. "Para aproximar mais a comunidade, o objetivo é criar um conselho em cada Unidade Básica de Saúde e promover reuniões descentralizadas nas entidades e associações para saber as necessidades dos moradores", defendeu.
Outro ponto importante comentado foi o papel de fiscalizador do órgão. "Cobrar do poder público a execução das propostas que foram aprovadas na plenária final da Conferência Municipal de Saúde, que contou com 800 participantes da sociedade em geral. Foram mais de 350 propostas", prometeu.
Próximo de encerrar sua gestão à frente do COMUS, Dilson, presidente do PV, entregou o partido para Nilton Bobato tentar levar adiante sua obsessão pela cadeira do prefeito. "O partido dá um passo importante para consolidar o nome do Nilton Bobato como futuro candidato a prefeito e dos nomes para compor a chapa da Federação Brasil da Esperança que deverá ser homologada no período de convenções", disse em 19 de abril Dilson Paulo Alves.
Após ser escorraçado do PT e sem viabilidade pelo PV, Bobato teria em tese pagado pelo apoio com o cargo para filha do amigo. Assim, a troca de cargos para fins políticos segue marca registrada do governo Chico Brasileiro.
REINCIDENTE
Sequestrado por interesses políticos, MP-PR derrubou ex-presidente comissionado
Ao final de 2019, Sadi Buzanello teve de deixar o comando do COMUS após ser nomeado para cargo no Centro de Convenções do Município
Ao final de 2019, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) derrubou do COMUS o então presidente Sadi Buzanello. De acordo com o MP, Sadi usou o cargo para obter benefícios pessoais e pressionar entes públicos para conseguir cargos comissionados na prefeitura da cidade.
A promotoria afirmou que se baseou em depoimentos de empresários, ex-secretários de Saúde e diretores do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.
O Comus é responsável por aprovar e acompanhar o Plano Municipal de Saúde e participar das políticas públicas referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Afastamento
Para o MP-PR, a conduta do presidente fere a moralidade e a legalidade da instituição. De acordo com o estatuto do Comus, os conselheiros são proibidos de obter vantagens pessoais durante o exercício da função.
A punição, segundo o estatuto, é o afastamento do posto e impedimento de exercer mandato por até cinco anos. Sadi ocupou o cargo de diretor-técnico do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, mas acabou desligado do cargo por causa de uma condenação por improbidade administrativa.
Questão de atitudes?
E agora, será que o Ministério Público vai agir pela nomeação da filha do presidente do COMUS, Dilson Paulo Alves em um cargo que ele mesmo fiscaliza? Será que o Ministério Publico precisa ser oficiado para tomar providencias? Ou será que vai abrir procedimento por oficio?
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 390, páginas 6 e 7