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Após ser nomeada pelo marido, primeira dama vai ganhar mais de R$ 30 mil por mês na Prefeitura

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Após ser nomeada pelo marido, primeira dama vai ganhar mais de R$ 30 mil por mês na Prefeitura
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ESCÂNDALO

Após ser nomeada pelo marido, primeira dama vai ganhar mais de R$ 30 mil por mês na Prefeitura

Somando o salário de secretária e a aposentadoria, a primeira dama ganha mais que o prefeito municipal. Ambos faturam junto R$ 55.249,29 por mês

Em qualquer cidade do país, o salário do prefeito é mais alto que dos demais servidores do município. Mas aqui em Foz do Iguaçu, a primeira dama Rosa Maria Jerônymo de Lima fatura mais de R$ 30mil por mês, entre o salário como Secretária Municipal de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade e sua aposentadoria.

O Tribuna Popular teve acesso aos holerites da servidora pública mais bem paga em toda a história de Foz do Iguaçu. Como secretária, Dona Rosa receberá R$ 16.125,01. Como aposentada pela prefeitura (FOZPREV) ela ganha R$ 14.058,48. Somando os dois valores chegaremos à bagatela de R$ 30.183,49. Dinheiro que cai religiosamente em sua conta todo santo final de mês, pagos com o dinheiro da população iguaçuense, esfolada com os impostos escorchantes.

Esses valores chegam a ser um escárnio se comparar ao salário de um trabalhador comum que recebe cerca de R$ 1.500,00 mês. Dona Rosa recebe 20 vezes mais que um pobre assalariado que trabalha oito horas por dia em serviços pesados passando com suor e lágrimas, enquanto a primeira Dama se acomoda em um luxuoso gabinete com ar refrigerado.

Rosa Maria foi nomeada no início do mandato pelo seu marido, o prefeito Chico Brasileiro. Há pouco tempo ela se aposentou, já que era funcionária concursada da prefeitura.

DOLCE FAR NIENTE

A primeira dama, por ocupar um cargo de chefia, chega a hora que quer e sai a hora que bem entende da Prefeitura. Se quiser estender a soneca matinal ou tirar uma siesta, Dona Rosa pode fazer isso tranquilamente, porque ninguém irá fiscalizar seu horário. Afinal, em sua secretaria ela manda e desmanda. O único que poderia lhe chamar atenção ou cobrar horário, seria seu marido, mas ele costuma passar a mão na cabeça da esposa.

Todos sabem que Dona Rosa é uma pessoa explosiva e de maus bofes. Quando está de mau humor - e isso ocorre com frequência - ela xinga Deus e o diabo. Chico tem medo da esposa e não iria jamais se indispor para chamar sua atenção sobre a assiduidade no trabalho.

O Dolcefarniente da primeira dama tem sido observado por servidores, mas ninguém ousa denunciar. Denunciar para quem? Se o chefão é o próprio marido que tem medo da toalha molhada da irritada primeira dama. Pelas costas, funcionários fazem comentários desairosos, mas ficam em silencio quando ela se aproxima.

Quando telefonam na secretaria perguntado pela Dona Rosa e ela não se encontra, as atendentes tem a resposta na ponta da língua:

- Dona Rosa está em reunião, quer deixar recado?

As tais reuniões e trabalhos externos também são frequentes em outras secretarias. Diretores e secretários pensam: Se a Rosa pode, eu também posso. E tudo vira uma farra.

Festas

Com tanto dinheiro caindo em sua conta todo sagrado mês, sobra dinheiro para a primeira dama comprar jóias caras, bolsas de grife e servir autos jantares a amigos e políticos de alto coturno. Dizem as más línguas que Dona Rosa adora um caviarzinho, bacalhau do porto imperial e uma boa champagne importada. Nada mal para uma pessoa que até pouco tempo atrás posava de comunista e pregava a igualdade de condições.

Enquanto ninguém toma providências é vida que segue, "sombra e água fresca", "mamão com açúcar". Soa estranho para alguém que ocupa a pasta de direitos humanos.

DE VOLTA AO NINHO

Rosa Maria coleciona fracassos, mas encontra seu porto seguro na Prefeitura

Primeira dama se aventurou numa candidatura a deputada, trabalhou no governo do estado e na Itaipu. Fracasso em cima de fracasso, decidiu retornar à prefeitura

Até janeiro de 2017, Rosa Maria Jerônymo de Lima cumpriu sua jornada na Prefeitura como qualquer outro servidor. Ela trabalhou em diversos setores e até que era uma servidora assídua, embora mal humorada com a patuléia que precisa dos serviços públicos.

Quando Chico Brasileiro assumiu o cargo de prefeito, a vida da primeira dama mudou da água pro vinho, ou melhor, pro champagne.

No 1º mandato de Chico Brasileiro, mais precisamente em 19/03/2018, Rosa Maria Jerônymo foi designada para responder pela Secretária Municipal de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, ficando designada até 31/05/2019. Mas no dia 01/ 06/2023, Rosa foi nomeada como Cargo em Comissão, onde ficou até 01/04/2020 onde foi exonerada.

No dia seguinte (02/04/ 2020) foi novamente designada para responder pela Secretária Municipal de Direitos Humanos, onde ficou até 04/ 01/2021.

Novamente no dia seguinte (05/01/2021) foi designada para responder pela Secretaria da Saúde, mas parece que não deu muito certo porque o trabalho era estafantes. Na saúde o trampo era pesado e tinha que receber reclamações do povo pobre e doente, trabalhar aos finais de semana e ser incomodada à noite. Na Secretária de Direitos Humanos era moleza, só cumpria tabela para garantir o salário no final de cada mês.

Anos mais tarde em data de 31/03/2022) ela pediu a conta, para poder sair candidata a deputada.

Sonho que não vingou

Para ganhar espaço na imprensa, já sonhando com um possível cargo eletivo, Rosa Maria inventou o tal orçamento participativo e promoveu reuniões nos bairros levando consigo um séquito de puxa sacos que fazia tudo o que a primeira-dama mandava.

O tal orçamento não deu muito certo, porque vários setores da prefeitura ficaram capengas. A Fundação Cultural, por exemplo, teve seu orçamento triplicado e os comunistas que lá trabalham ainda não mostraram a que vieram.

Durante a campanha da reeleição do marido, Rosa comandou tudo com mãos de ferro e acabou ganhando uma chuva de desafetos. Mas conseguiu emplacar o marido por mais quatro anos. Claro que ela foi renomeada como secretária.

De olho na ALEP

Acreditando estar pronta para disputar um cargo público, a primeira dama se lançou candidata a deputada pelo MDB, saindo de fininho de seu partido do coração, o PCdoB, que dominava vários setores da Prefeitura.

A eleição foi um fracasso. Apesar da máquina da prefeitura, do dinheiro a vontade e dos centenas de cabos eleitorais, Dona Rosa amargou a derrota, ficando na suplência.

Bem que ela tentou assumir, insistindo para que Ratinho nomeasse dois deputados nos altos escalões, mas Ratinho não caiu no conto do vigário e o plano de ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa acabou sendo outro retumbante fracasso.

Mas ela ganhou como prêmio de consolação um cargo no Governo do Estado, com salário de mais de 12 mil por mês, onde ficou pouco tempo (pouco mais de dois meses), mas abocanhou R$ 24.678,56 do governo do estado. Lógico, lá ela tinha chefe, precisava trabalhar e foi exonerada.

Acreditando que a na Itaipu Binacional ela encontraria sombra e água fresca, pressionou a marido para lhe conseguir um cargo na poderosa. Depois de muito custo conseguiu, mas ficou pouco tempo. Afinal, lá também havia um chefe rigoroso e precisava cumprir uma jornada de trabalho como os demais trabalhadores e em poucos dias no cargo foi novamente exonerada.

E foi assim que no mês passado ela foi novamente nomeada para a Secretaria de Direitos Humanos. E agora segue o Dolcefarniente, "mamão com açúcar","Sombra e água fresca".

.... E la nave vá. Esperase que não seja o Titanic.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular (Mídia Impressa) - Edição 358, páginas 4 e 5, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

 

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