PUGILATO

Cabo Cassol passa a mão na cabeça de assessores que armaram barraco

Dois assessores entraram em luta corporal e não foram reprimidos; dias mais tarde um deles agrediu brutalmente um treinador no campo do Flamengo

No final do mês de março, dois dos assessores do Vereador Cabo Cassol entraram em luta corporal dentro do gabinete por motivos fúteis. As cenas de pugilato teriam sido flagrada por funcionários da casa de leis.

Não se sabe ainda os motivos que levaram eles a entrar em discussão, o fato é que depois de um desentendimento banal, um chamou a mãe do outro de "santa" e o tempo fechou. Ouviram-se gritos, insultos e logo em seguida o barulho de socos, pontapés e muito empurra-empurra. Alguém pediu socorro e a turma do "deixa disso" foi acalmou os ânimos dos ditos assessores que, na falta do que fazer, decidiram entrar em luta corporal.

Já no domingo 11/06/ 2023, no campo do flamenguinho no Bairro Vila Yolanda, durante uma partida de futebol entre os times do Jardim São Paulo e do Flamenguinho, o assessor do vereador Cabo Cassol, Adilson Ramão, invadiu o gramado e agrediu a socos o preparador físico do flamengo aparentemente sem motivo.

Brigas que evoluem para a pancadaria já fazem parte da vida do assessor do Vereador Cassol, pois já teria brigado várias vezes. Adilson Ramão, recebe um salário bruto de R$ 10.236,56 e deveria conhecer as leis e a boa civilidade. Sendo um funcionário pago com o dinheiro do povo, não deveria sair por aí brigando com colegas e agredindo contribuintes. Mas Adilson tem as costas largas.

O jornalista do Tribuna Popular procurou o Vereador Cabo Cassol para esclarecer o episódio envolvendo os dois assessores: "esse é dos meus, é briguento mesmo, você não viu nada?", respondeu o vereador Cassol, indicando plena aprovação das agressões feitas pelo seu assessor.

Se as palavras de Cassol forem levadas ao pé da letra, o presidente da Câmara terá de construir um octógono e instalar um tatame para os demais assessores "trocarem gentilezas".

Vereador Cabo Cassol pertence a um grupo conhecido nacionalmente como a "Bancada da Bala", pois representa os policiais militares que o teriam elegido. Também representa aquela turma violenta de atiradores e colecionadores que adoram um "pipoco".

Pancadaria e socos enoja os eleitores do Vereador Cabo Cassol

"O que não se resolve na conversa, resolve no soco ou na bala?". Seria esse o lema do vereador Cabo Cassol?

Ao instigar seus assessores a praticar cenas de pugilato, Cabo Cassol deveria saber que está na contramão da história. A humanidade inteira prega a paz e a solidariedade e esse vereador que recebe dos cofres públicos fica incentivando a violência.

"O que não se resolve na conversa, resolve no soco ou na bala?". Seria esse o lema do vereador Cabo Cassol?

A atitude de Cassol em passar a mão na cabeça dos meninos, poderia ser objeto de um procedimento do Conselho de Ética, mas isso dificilmente vai ocorrer porque o próprio Cassol faz parte do Conselho.

Esse vereador deve ter esquecido o que aprendeu quando estava na Academia de Polícia, de que não se deve usar e nem incentivar a violência. Ou será que ele foi um soldado PM que utilizava da violência em suas atribuições?

ELEITORES

O Tribuna Popular ouviu algumas pessoas que se declararam abertamente de ter votado para o Cabo Cassol nas eleições de 2020. As criticas foram realmente fortes e se não haver uma reflexão por parte do vereador, a decadência eleitoral não o poupará nas próximas eleições municipais.

No Bairro Jardim São Paulo uma eleitora disparou "Eu votei no Cabo Cassol, afinal eu achava que ele fazia um belo trabalho junto aos jovens no campo de futebol do Jardim São Paulo, mas essa de a cada dia mais agressões acontecendo em todos os campos. O vereador está fazendo o contrário do que eu pensava, acho isso uma vergonha dele e da equipe dele".

Já um das pessoas que presenciaram a pancadaria promovida pelo assessor do vereador no campo de futebol do flamenguinho, foi mais direto "É nojento ver um vereador e seus asseclas agredindo outras pessoas por bel prazer, não é a primeira vez que isso acontece, o Tussi já teria agredido outras pessoas, tudo deve estar acontecer com aval do vereador Cassol".

Bancada da Bala

A expressão "bancada da bala" é freqüentemente utilizada para se referir a um grupo de vereadores ou deputados que defendem pautas relacionadas à segurança pública e ao porte de armas. Esses parlamentares costumam buscar políticas mais rígidas em relação ao combate à criminalidade, muitas vezes priorizando soluções baseadas no endurecimento das leis e no aumento do armamento da população.

Não é o caso do Cabo Cassol, que fica passando a mão na cabeça de assessores que recebem polpudos vencimentos, promovem barraco na Câmara e agridem pessoas no campo de futebol.

A bancada da bala tem sido objeto de discussões acaloradas na sociedade, pois suas propostas podem gerar controvérsias e impactos significativos no campo da segurança e dos direitos humanos.

A atuação da bancada da bala nas Câmaras de Vereadores é marcada por uma postura firme em defesa dos interesses dos setores mais conservadores e daqueles que se sentem ameaçados pela criminalidade. Os membros desse grupo costumam buscar a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, visando ampliar o acesso às armas para a população civil. Além disso, tendem a defender o fortalecimento das forças de segurança, o aumento de investimentos na área e a adoção de medidas mais rigorosas contra crimes violentos.

No entanto, a bancada da bala também é alvo de críticas por parte de setores que enxergam suas propostas como um retrocesso na construção de políticas de segurança mais eficientes e inclusivas. Argumenta-se que o foco excessivo no armamento individual pode agravar a violência e as desigualdades sociais, em vez de solucionar os problemas estruturais que geram a criminalidade.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística escrita pelo Jornalista Enrique Alliana e publicado no Jornal Tribuna Popular - Edição 355, página 6 e 7