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Câmara de Foz realizará audiência pública para discutir situação da população em situação de rua

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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AUDIÊNCIA PUBLICA

Câmara de Foz realizará audiência pública para discutir situação da população em situação de rua

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu realizará, no próximo dia 23 de outubro, às 19h:00, uma audiência pública para debater um dos temas mais sensíveis e urgentes do município. A situação das pessoas em situação de rua.

A iniciativa é do vereador Adriano Rorato (PL), com o apoio dos demais vereadores e busca promover um diálogo aberto e produtivo entre sociedade civil, poder público e especialistas para a construção de soluções concretas e sustentáveis.

O encontro, aberto à comunidade e à imprensa, reunirá autoridades municipais e estaduais, entidades sociais, universidades, representantes da saúde pública, assistência social, segurança, Comando da Polícia Militar, Ministério Público, ACIFI, Sindhotéis e diversas instituições que lidam direta ou indiretamente com a questão. Além das exposições técnicas e institucionais.

Haverá espaço para manifestações e contribuições da população, tornando o evento um fórum participativo e plural.

Segundo o vereador Adriano Rorato, a proposta é tratar o tema com seriedade, humanidade e responsabilidade, evitando a superficialidade e enfrentando o problema de forma técnica e articulada. "Foz do Iguaçu precisa enfrentar esse tema com maturidade. Não se trata apenas de segurança pública, mas também de saúde, assistência social, dignidade humana e convivência nos espaços urbanos. Fomos até Chapecó (SC) conhecer uma experiência que deu resultado e queremos trazer esse debate para dentro do Legislativo, de forma transparente e participativa", destacou Rorato.

A visita à cidade catarinense foi motivada pelos bons resultados obtidos pelo protocolo de atendimento adotado em Chapecó, que envolve ações integradas de acolhimento, reinserção social e ordenamento dos espaços públicos. A cidade de Chapecó implementou uma política intersetorial, com legislação específica e fluxos de atendimento que articulam diferentes secretarias, serviços de saúde mental, abrigos e programas de geração de renda.

O objetivo, segundo os organizadores, é compreender quais aspectos dessa experiência podem ser adaptados à realidade de Foz do Iguaçu, levando em conta o contexto local, que é marcado pela tríplice fronteira, onde um alto fluxo migratório e desafios sociais torna-se o tema mais complexo. A audiência, portanto, deve servir como ponto de partida para a construção de um plano municipal voltado ao tema, com propostas concretas de acolhimento, atendimento e políticas públicas duradouras.

Nos últimos anos, a presença crescente de pessoas vivendo nas ruas de Foz tem despertado preocupação tanto de moradores quanto de comerciantes, principalmente nas áreas centrais e turísticas da cidade. O fenômeno, que se repete em diversas cidades do país, é impulsionado por fatores como desemprego, dependência química, transtornos mentais, desestrutura familiar e falta de políticas de reinserção social.

A audiência pública se propõe, portanto, a superar o olhar punitivo e simplista, buscando soluções baseadas em respeito, empatia e responsabilidade coletiva. "A rua é o último estágio de uma série de exclusões. Se queremos resultados, precisamos trabalhar antes que as pessoas cheguem a esse ponto. Isso exige integração entre as secretarias, políticas de prevenção e acompanhamento constante", reforça o vereador.

A expectativa é que, a partir dessa discussão, sejam elaboradas propostas práticas e metas de curto, médio e longo prazo, que envolvam não apenas o poder público, mas também organizações sociais e a iniciativa privada. O desafio, segundo o vereador Adriano Rorato, é equilibrar ordem urbana e direitos humanos, garantindo que Foz do Iguaçu avance no enfrentamento dessa realidade com base em evidências, diálogo e solidariedade.

A audiência pública sobre a população em situação de rua acontecerá no plenário da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, e toda a comunidade está convidada a participar. Para os organizadores, a presença popular é essencial para que as decisões sobre o futuro da cidade sejam construídas coletivamente, com sensibilidade social e compromisso com a dignidade humana.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 423, Página 12, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

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