Câmara quer rever contrato da concessionária dos cemitérios de Foz
Por Tribuna Foz dia em Notícias
PAPA DEFUNTOS
Câmara quer rever contrato da concessionária dos cemitérios de Foz
Vereadores criticam preços altos dos serviços funerários e cobram melhorias em capelas mortuárias
As concessionárias dos serviços funerários de Foz do Iguaçu foram alvo de críticas na última sessão da Câmara de Vereadores que citaram a omissão da Prefeitura e os abusos de concessionárias.
Na última edição, o Tribuna Popular criticou severamente a concessionária, cujo proprietário, Ruberlei Santiago, zombou das famílias que enterram seus entes queridos. Na oportunidade, o "papa-defuntos" disse que o valor de algumas taxas representava apenas uma cerveja por mês.
Diversos vereadores fizeram uso da palavra condenando os serviços prestados nos cemitérios e o estado lastimável em que se encontram as capelas mortuárias da cidade, causando sofrimento às famílias que já estão sofrendo pela perda de entes queridos.
O pronunciamento mais contundente foi do presidente da Câmara, João Morales. Para ele os serviços prestados "são uma vergonha" e condenou os preços absurdos cobrados pela concessionária, afirmando ser necessário "rever esses contratos de concessão".
A concessionária de Santiago vem nadando de braçada durante o governo de Chico Brasileiro que tem feito corpo mole na fiscalização dos serviços prestados. Finalmente a Câmara está abrindo os olhos e certamente vai investigar a fundo o que existe de tão nebuloso nessa concessão. Já existem vereadores pensando em abrir uma CPI para investigar possíveis maracutais que poderiam existir nesse setor, tamanha balburdia e desrespeito com as famílias enlutadas.
Edivaldo Alcântara afirmou ser uma vergonha o estado de algumas capelas mortuárias. Citou como exemplo o Morumbi, onde ocorreram fatos lamentáveis e de outras capelas abandonadas, onde existem até goteiras.
"Querem arrecadar, mas não querem investir. Choveu e tiveram que fazer dois velórios em apenas uma sala. A família já em profunda tristeza ainda sofre com esse desleixo", lamentou o vereador.
Ney Patrício citou a capela da Vila C que está destruída e afirmou que a do Porto Meira está inteira porque continua fechada.
Vereadores disseram que no Morumbi algumas pessoas fazem esse trabalho, mas a capela está em péssimo estado. Chove e tem calor imenso. Famílias as vezes contratam tendas para abrigar amigos e parentes.
Galhardo também criticou o estado lamentável em que se encontram algumas capelas e afirmou que a do Morumbi tem um sofá em péssimo estado, cheio de bactérias. "Quem não tem plano de saúde fica relegada a segundo plano".
Cabo Cassol emendou as critica e disse que todos os anos o prefeito reajusta os serviços funerários. "Para enterrar e fazer o velório vai oito mil reais", destacou.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular (Mídia Impressa) - Edição 363, página 16, de autoria do Jornalista Enrique Alliana