Campanha de Zé Elias custou quase R$ 500 por voto e resultou em fracasso
Por Tribuna Foz dia em Notícias
ZÉ DO CAIXÃO
Campanha de Zé Elias custou quase R$ 500 por voto e resultou em fracasso
Ante um resultado tão pífio é de se perguntar se o dinheiro foi realmente aplicado na campanha, ou se houve desvio ou má utilização de parte dos recursos
Nas eleições municipais de 2024 em Foz do Iguaçu, o candidato a prefeito José Elias Castro Gomes, popularmente conhecido como "Zé Elias" e chamado na campanha apenas como "Zé", protagonizou um cenário que suscitou críticas e levantou questionamentos sobre a gestão de recursos eleitorais.
Filiado ao Partido União Brasil, Zé Elias investiu a quantia expressiva de R$ 871.660,50 em sua campanha, mas obteve apenas 1.791 votos. Essa discrepância entre o valor gasto e os resultados nas urnas levanta uma série de dúvidas e coloca em foco a importância da fiscalização rigorosa sobre os gastos eleitorais.
QUINHENTÃO POR VOTO
Quando se divide o montante gasto pelo número de votos conquistados, chega-se a um valor impressionante: cada voto de Zé Elias custou R$ 486,68 aos cofres públicos. Isso aponta para um uso ineficiente de recursos e sugere que a campanha foi mal planejada ou, no mínimo, ineficaz em conquistar o apoio da população.
É preocupante que tanto dinheiro tenha sido investido sem que houvesse um retorno proporcional nas urnas, gerando um contraste acentuado entre o volume de gastos e o resultado final.
Esse tipo de situação levanta sérias questões sobre a fiscalização dos recursos destinados às campanhas eleitorais. A Justiça Eleitoral tem a responsabilidade de monitorar o uso desses fundos, mas casos como o de Zé Elias colocam em dúvida a eficácia dessa fiscalização.
Diante de um cenário de gastos tão altos para um resultado tão pífio, é legítimo que o eleitor questione se o dinheiro foi realmente aplicado integralmente na campanha, ou se houve desvio ou má utilização de parte dos recursos.
O discurso sobre a moralização eleitoral tem sido amplamente debatido no Brasil, e o controle sobre o uso de recursos públicos em campanhas é uma peça fundamental para garantir a integridade do processo democrático. No entanto, episódios como este mostram que há muito a ser feito para que a fiscalização seja mais eficaz. Embora a Justiça Eleitoral possua mecanismos de controle e verificação dos gastos de campanha, a realidade muitas vezes expõe falhas ou lacunas nesse sistema de monitoramento. Se a fiscalização fosse mais rígida e precisa, talvez casos como o de Zé Elias não passassem despercebidos ou não chegassem a acontecer.
FRAGILIDADE
O fato de Zé Elias ter gasto quase R$ 900 mil e obtido menos de 2 mil votos expõe a fragilidade do sistema de acompanhamento dos gastos eleitorais e evidencia a necessidade de uma supervisão mais detalhada, que vá além da simples apresentação de relatórios financeiros. A fiscalização deve ser capaz de verificar, em tempo real, como os recursos estão sendo aplicados, garantindo que cada centavo investido tenha como destino legítimo a campanha eleitoral, e não finalidades obscuras ou mal justificadas.
Teimosia de Zé beneficiou o general forasteiro
Quem conhece bem o Zé Elias, sabe que ele é um sujeito teimoso, turrão mesmo. Isso resultou no fracasso eleitoral e beneficiou o candidato forasteiro.
Quando as coligações estavam sendo formadas, a maior parte do União Brasil da cidade pretendia coligar com o PP de Paulo Mac Donald, formar uma chapa forte, garantir um segundo turno e eleger diversos vereadores.
Zé Elias estufou o peito, bateu o pé e declarou: “Serei candidato e vou fazer um monte de votos para depois me candidatar a deputado”. Sua teimosia resultou em uma merreca de votos, prejudicou todos seus candidatos a vereador e colocou uma pá de cal em sua carreira política natimorta.
Se o governo de Silva e Luna for um fracasso, assim como foi de Chico Brasileiro e Reni Pereira, parte da culpa poderá ser debitada na teimosia de Zé Elias. Que volte pro Semeador. Pena que levou par ao túmulo o arquiteto Leandro Costa.
SUSPEITA
Justiça Eleitoral deveria endurecer a fiscalização para evitar novas aventuras
O uso de recursos públicos em campanhas eleitorais é um tema sensível, e cabe às instituições responsáveis zelar para que esse processo seja justo e eficiente
O caso da campanha de Zé Elias reflete um descompasso entre a estratégia de campanha e a realidade do eleitorado. Com uma quantia tão elevada de recursos disponíveis, seria de se esperar uma maior capacidade de mobilização e engajamento da população. No entanto, os resultados das urnas sugerem que a campanha não conseguiu se conectar com os eleitores de maneira eficaz, desperdiçando recursos em ações que não surtiram o efeito desejado. Isso aponta para um planejamento falho, onde o dinheiro foi investido sem uma análise adequada das necessidades do eleitorado e das melhores estratégias para alcançar os objetivos eleitorais.
Para o eleitor, esse tipo de situação é desanimador. Ao ver tanto dinheiro sendo gasto em campanhas pouco eficazes, surge a dúvida sobre como os recursos públicos estão sendo administrados e se realmente existe uma fiscalização efetiva.
A falta de transparência ou a percepção de que a fiscalização não é rigorosa o suficiente enfraquece a confiança no sistema democrático e reforça a ideia de que a política está distanciada das reais necessidades da população.
Portanto, casos como o de Zé Elias devem servir de alerta. A Justiça Eleitoral precisa intensificar sua fiscalização, não apenas para garantir que o dinheiro esteja sendo aplicado corretamente, mas também para assegurar que as campanhas sejam conduzidas de maneira ética e transparente.
O uso de recursos públicos em campanhas eleitorais é um tema sensível, e cabe às instituições responsáveis zelar para que esse processo seja justo, eficiente e moralmente aceitável. A democracia depende da confiança dos eleitores no sistema, e essa confiança só será mantida com a certeza de que cada recurso investido está sendo utilizado de maneira correta e transparente.
Legenda: Depois do fiasco que fez na Prefeitura, Zé Elias passou vergonha na campanha
Sérgio Moro prejudicado com o fracasso de Zé Elias
Ao tomar conhecimento do resultado das eleições em Foz do Iguaçu, o senador Sergio Moro teria esbravejado e amaldiçoado seu parceiro político na fronteira.
Afinal, Zé Elias teria garantido ao senador que faria uma votação expressiva. Na oportunidade, Moro o teria alertado sobre um possível fracasso que respingaria em sua candidatura ao Governo do Estado.
Zé Elias garantiu que a campanha seria um sucesso e convenceu o senador. Até hoje Moro está arrependido, pois sabe que o general Silva é Luna é carne e unha com Ratinho e jamais irá apoia-lo na próxima campanha.
Esta é uma reprodução da matéria jornalistica publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 396, páginas 6 e 7