Tribuna Foz - Tribuna Foz

CC´s do prefeito podem ter sido usados como laranjas para esquentar dinheiro da campanha de Silva e Luna

Por Tribuna Foz dia em Notícias

CC´s do prefeito podem ter sido usados como laranjas para esquentar dinheiro da campanha de Silva e Luna
  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp

INVESTIGAÇÃO

CC´s do prefeito podem ter sido usados como laranjas para esquentar dinheiro da campanha de Silva e Luna

Empresa supostamente de fachada foi criada por cargo comissionado do prefeito Chico Brasileiro para esquentar R$ 300 mil da campanha em uma só operação

 

Durante a campanha o Tribuna denunciou um segundo caso, que escancarou a participação direta de CCs do atual prefeito na campanha do General Silva e Luna. Com os últimos acontecimentos fica mais clara essa relação e traz novas evidencias que reforçam as suspeitas de uso de empresa de fachada, criada em nome de laranjas para esquentar dinheiro proveniente do fundo eleitoral. Logo após a denúncia, os dois CCs foram exonerados, “a pedido” e agora, passadas as eleições um deles está de volta ao cargo nomeado pelo prefeito.

Trata-se de Douglas Moura, diretor de imprensa do prefeito Chico Brasileiro. Por meio da empresa Douglas Moura Filmes e Produções ele recebeu R$ 300 mil de fundo partidário da campanha do General Silva e Luna. A movimentação financeira envolvendo o CC do atual prefeito e o candidato foi descoberta por meio do portal da transparência do TSE, em que as coligações são obrigadas a divulgar a prestação de contas.

Os serviços que aparecem descritos são produção de rádio, TV e inserções comerciais pela empresa Douglas Moura Filmes e Produções. Este é o segundo caso, que escancara a participação direta de CCs do atual prefeito na campanha do General. Alias, o vice foi indicado pelo PSD, partido de Chico de Brasileiro.

Há fortes suspeitas de que o diretor de imprensa do prefeito abriu uma empresa de última hora para movimentar o dinheiro do fundo partidário. Consta nos documentos que a empresa foi aberta recentemente, no dia 13 de agosto, sediada na rua Arthur Nogueira, nº 28, em Três Lagoas. O local é uma residência, dando indícios de uma suposta empresa de fachada, criada com o único objetivo de movimentar o dinheiro de campanha.

O retorno do CC ao cargo reforça as suspeitas de que a empresa foi usada como mecanismo contábil para pagar a empresa de marketing da campanha do General, visto que seria uma produtora que presta serviços para órgãos públicos, inclusive na Itaipu e não teria legalidade em receber recursos diretos do fundo de campanha para a empresa. A manobra financeira teria ocorrido como forma de usar a empresa para esquentar o dinheiro destinado a outro CNPJ.    

Douglas Moura está na diretoria de comunicação do prefeito Chico Brasileiro desde o ano passado. Pediu demissão do cargo, logo que saiu a denúncia sobre outro diretor da prefeitura que tem construtora e recebeu R$ 180 mil da campanha do General para fazer “panfletagem”. Em seguida, ao verificar outros contratados pela campanha, descobriu-se que a empresa de Douglas, recém criada, movimentou os R$ 300 mil de uma tacada só.

INVESTIGAÇÃO

Construtora recebeu dinheiro por serviços de “panfletagem” 

O então diretor municipal de obras, Ivatan Batista dos Reis, que era cargo comissionado do prefeito Chico Brasileiro pediu demissão durante a campanha depois de o Tribuna Popular divulgar a denúncia de recebimento de dinheiro do fundo partidário da coligação do General Silva e Luna. Através da empresa RMS Foz Construções e Serviços Ltda, Ivatan recebeu R$ 180 mil da campanha do General para com finalidade de “distribuição de panfletos”, serviço que nada tem a ver com a atividade da construtora. Além disso, essa mesma empresa, que pertence a Ivatan, tem fornecido veículo para as atividades de campanha.

O caso também trouxe à tona fortes indícios de fraude com uso de recursos do fundo eleitoral. Os dados aparecem no portal de transparência do TSE, na primeira parcial da prestação de contas do General. Na descrição dos serviços aparece: “Divulgação e panfletagem para campanha”, enquanto que o CNAE da empresa contempla atividades como: “Construção de redes de abastecimento de água; obras de terraplanagem; instalações elétricas; e instalações hidráulicas de sistemas de ventilação e refrigeração. Logo, não há serviço de “divulgação e panfletagem” entre as atividades autorizadas pela Receita Federal à essa empresa.

A descoberta aponta para um suposto uso indevido do fundo eleitoral, com suspeitas de lavagem de dinheiro ou formação de caixa 2 ou ainda emissão de notas frias para bancar serviços ilegais como a disseminação de faknews contra os adversários. Como se trata de recursos da União, uma denúncia sendo formalizada a partir da juntada da documentação, colocaria a Polícia Federal poderá rastrear o destino dos recursos repassados à empresa.

Esta é uma reprodução da matéria jornalistica publicada pelo Jornal Tribuna Popular - Edição 396, Páginas 4 e 5

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Google Plus00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp