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Chico Brasileiro joga "sujo" para bancar sua candidata a vereadora

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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CUPINCHA

Chico Brasileiro joga "sujo" para bancar sua candidata a vereadora

Com salário de R$ 11 mil, nomeação de Bianca Bonho escandaliza uso político da Secretaria de Direitos Humanos como cabide de empregos

Em cumprimento ao calendário das eleições municipais deste ano que determina diferentes prazos para que agentes públicos se desincompatibilizem de suas respectivas funções, a ex-vereadora Rosane Bonho deixou, em 5 de abril passado, o cargo comissionado que ocupava na Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Foz do Iguaçu.

Com salário de R$ 11.203,65, a cadeira do cargo de Assessor Técnico Especial da pasta não ficou vazia sequer por um dia. Segundo consta no Diário Oficial do Município, ainda em 5 de abril, o prefeito Chico Brasileiro nomeou Bianca Bonho, filha de Rosane, para preencher a vaga, até então ocupada pela própria mãe.

De acordo com o perfil profissional de Bianca no site LinkedIn, a filha da ex-vereadora concluiu o curso de Direito em 2022, com experiência de estágio na Defensoria Pública da União. Além do Direito, ela também possui experiência com o comércio de vestuários, tendo sido proprietária de uma loja de roupas no bairro Conjunto Libra.

A situação escandaliza o uso político da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, criada por Brasileiro ainda em 2018 para acomodar na Prefeitura a primeira dama Rosa Jeronymo e sua claque de cupinchas.

Embora tenha sido anunciado à época de sua criação por Brasileiro de que a nova estrutura não representaria mais custos ao município, informações atualizadas do Portal da Transparência da Prefeitura confirmam o contrário.

De acordo com o blog Não Viu, somente no mês de fevereiro, o gasto foi de R$ 56.518,85, com o pagamento de sete cargos comissionados. Sendo eles: três de chefia, acima de R$ 11.203,65, e quatro de subalternos, de R$ 4.289,65 a R$ 4.500,00.

Isso, sem contar uma funcionária concursada cedida para a secretaria, que ganha R$ 9.656,36, o que aumentaria os gastos mensais da pasta para R$ 66.175,19.

Vale lembrar que até pouco tempo atrás o petista Ian Vargas assumiu a pasta, sendo logo realocado para Foz Habita, após a toda poderosa primeira dama decidir retornar ao comando da secretaria que criou para "poder chamar de sua".

POLITICAGEM

Ao estilo Chico Brasileiro, Rosane Bonho também faz da Administração Pública seu puxadinho para amigos e familiares

Não é a primeira vez que Rosane Bonho indica parentes em cargos públicos. Em 2019, ex-vereadora foi condenada por falsidade ideológica após nomear padrasto de seu marido como seu assessor parlamentar

Rosane Bonho deixou a Prefeitura no início deste mês para buscar seu retorno à Câmara de Vereadores nas próximas eleições municipais. Ex-vereadora não reeleita em 2020, seu primeiro mandato foi marcado por denúncias de nepotismo e uma condenação por falsidade ideológica perante a 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.

De acordo com o apurado após denuncia realizada pelo Jornal Tribuna Popular, e denunciada pela 6ª Promotoria de Justiça, em fevereiro de 2017 a então vereadora nomeou como assessor parlamentar o padrasto de seu marido, o que caracterizaria a prática de nepotismo. A exoneração foi publicada em julho do mesmo ano.

Para o MP-PR, a vereadora também cometeu crime de falsidade ideológica ao encaminhar um ofício à Câmara Municipal com a indicação da nomeação, alegando não existir vínculo familiar entre eles.

Nos autos, a vereadora justificou que nomeou o ex-assessor por ter confiança nele. Ainda segundo Rosane, ela não tinha consciência que o fato de o homem ser padrasto do marido dela pudesse configurar como parentesco.

Após ser julgada, em maio de 2019, Rosane foi condenada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Claudia de Campos Mello Cestarolli, a um ano e dois meses de reclusão em regime semiaberto pelo crime de falsidade ideológica. A pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa.

À época, a juíza acatou pedido do Ministério Público e uma terceira pessoa protocolou pedido de cassação do mandato da vereadora Rosane Bonho. Ao ser levado à Câmara de Vereadores, o pedido de cassação do mandato de Rosane foi arquivado.

Além de manter o sogro como assessor parlamentar, a então vereadora também empregou em seu gabinete mãe e filho amigos de sua família. Tratam-se de Pablo Michael Rodrigues Mendes, e sua mãe, Zulneide Rodrigues, ambos com o mesmo salário. Será que alguém fazia rachadinha?

Esta é uma reprodução do Jornal Tribuna Popular, Edição 374, páginas 6 e 7

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