CALOTE

Chico e Bobato descumprem lei e servidores não recebem reposição de setembro

Funcionalismo público do município fica a ver navios e sindicato da categoria permanece calado; Desrespeito com trabalhadores é marca da atual gestão

A Prefeitura de Foz do Iguaçu, sob comando do prefeito Chico Brasileiro e seu fiel escudeiro, Nilton Bobato, tem descumprido a Lei 5.266/23 que garante pagamento de reposições salariais aos servidores públicos do município para o mês de setembro. De acordo com depoimentos encaminhados à reportagem, a situação tem ocorrido com aval do SISMUFI, que não insiste em não tomar providências para reverter a situação.

Aprovada pela Câmara Municipal em 13 de julho passado, a norma estabeleceu reposição salarial de 3,83% para os servidores públicos municipais e agentes políticos. O índice foi definido com base nas perdas salariais acumuladas no período de maio de 2022 a abril de 2023, corrigido pelo INPC/IBGE.

De acordo com o texto da lei, a reposição já constou na folha de julho, com previsão de que o retroativo a partir de 1º de maio seria pago de forma escalonada: mês de maio/ 2023 em setembro/2023; e referente ao mês de junho/ 2023, o pagamento será feito em outubro/2023. Conforme apurado pelo jornal, os servidores não receberam o retroativo de setembro.

"É um desrespeito com o servidor de Foz do Iguaçu Enquanto precisamos trabalhar com más condições, ainda somos obrigados a não receber o que temos direito, enquanto isso o prefeito recebe um salário de R$ 26 mil e centenas de cargos de confiança ficam com o dinheiro que deveria ser investido no servidor de carreira. A prefeitura se transformou num cabide de emprego, por isso não tem dinheiro pro servidor municipal", reclama um servidor que pede para não ter seu nome divulgado.

Outro descumprimento legal por parte de Chico Brasileiro e Nilton Bobato encaminhado ao jornal trata sobre o Decreto 31576, artigo 2, inciso 2, que também estipula que os retroativos deveriam ser pagos já na folha de setembro.

"Essa é a situação do funcionalismo público de Foz. Falta dinheiro pra pagar o trabalhador, mas não falta pra quem só sabe puxar saco e atender interesse político. Quem paga a conta final é a população", finaliza.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular (Mídia Impressa) - Edição 362, página 3