IGNORADOS

Com plenário lotado, servidores protestam contra perda de direitos dos aposentados

Sem sucesso, sindicatos dos servidores municipais e dos professores ocuparam a Câmara Municipal de Foz do Iguaçu para pressionar vereadores contra mudanças

O plenário da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu completamente ocupado por servidores públicos da Prefeitura não foi o suficiente para pressionar parlamentares "cupinchas" do prefeito Chico Brasileiro (PSD) a se posicionarem contrários às mudanças nos repasses feitos pelo Governo aos aposentados do Município.

Munidos de faixas e cartazes críticos à proposta de alteração ao financiamento do Foz Previdência defendida por Brasileiro, representantes dos Sindicatos dos Servidores Municipais e dos Professores de Foz do Iguaçu (SISMUFI E SINPREFI) denunciaram a vergonha que sentem dos parlamentares vendidos por cargos comissionados na Prefeitura.

"Esta conta não é nossa", "merecemos nossos direitos", "estamos de olho em 2024" e "vergonha" foram algumas das críticas feitas pelos servidores diretamente aos parlamentares favoráveis à retirada de direitos dos trabalhadores do Município.

De forma institucional, pareceres enviados formalmente pelo SISMUFI e SINPREFI aos 15 vereadores fundamentaram o pedido pela rejeição da proposta defendida pelo prefeito e seus "cupinchas".

"Tal projeto preocupa os servidores, visto que retirando as garantias dadas à Foz Previdência, em penosa reforma pela qual passamos, já podemos prever que em um futuro muito próximo, teremos que voltar a debater esse déficit da previdência, recaindo novamente prejuízos aos servidores municipais", afirmou o SINPREFI.

O representante dos professores ressaltou ainda em sua manifestação a falta de diálogo do governo Brasileiro com a categoria. "Ressaltamos que até o momento a Gestão não apresentou nenhuma medida que implique de fato em redução nos gastos públicos no sentido de equilibrar as contas do município. Segundo apresentado na Lei Orçamentária Anual, para 2024 o orçamento será de aproximadamente 1 bilhão e 800 milhões de reais e acreditamos ser possível manter o que está na Lei. Neste sentido, solicitamos aos vereadores que, neste momento, não aprovem esse projeto sem considerar os Pareceres encaminhados pelos Conselhos do Foz Prev, fruto de muito debate e estudo acerca do tema", suplicou o sindicato antes de ser ignorado por nove dos 15 parlamentares.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular (Mídia Impressa) - Edição 368, página 4