Deputado Matheus Vermelho: O Mais "Gastão" do Paraná
Por Tribuna Foz dia em Notícias
LUXOS E PRIVILÉGIOS
Deputado Matheus Vermelho: O Mais "Gastão" do Paraná
Luxos e Privilégios de Quase Meio Milhão de Reais em 2024
Em 27 de dezembro de 2024, uma reportagem publicada no Portal de Notícias CGN Curitiba trouxe à tona uma realidade que tem gerado debates e indignação: o deputado estadual Matheus Vermelho, do Paraná, foi o parlamentar que mais utilizou as verbas de ressarcimento em todo o ano de 2024. O valor impressionante de R$ 486.839,41 foi gasto pelo deputado em despesas diversas, colocando-o no topo de uma lista de gastos públicos questionáveis. Esse montante, que quase ultrapassa a marca de meio milhão de reais, levanta uma série de reflexões sobre o uso do dinheiro público e a real contribuição desses gastos para a sociedade.
Mas o que está por trás desse montante? Até que ponto um único deputado, com esse volume de recursos em mãos, tem contribuído para a população do Paraná? O que realmente se entrega em troca de tão expressivo investimento do contribuinte?
O custo-benefício de manter um Deputado "Gastão"
O valor de quase meio milhão de reais é, no mínimo, chocante quando comparamos ao que esse dinheiro poderia fazer em benefício da população. Esse montante é equivalente a mais de 340 salários mínimos (considerando o valor do salário mínimo em 2024), o que gera uma comparação que não pode ser ignorada: quanto mais a população precisa de investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura, mais recursos são canalizados para gastos pessoais de um único deputado.
Em um cenário onde se discute o fim das desigualdades sociais e a busca por maior eficiência no uso dos recursos públicos, questiona-se se realmente vale a pena pagar essa conta. O custo de manter Matheus Vermelho, um dos deputados mais "gastões" do Paraná, coloca em xeque o real retorno que o contribuinte tem de volta. Em uma análise de custo-benefício, fica difícil justificar o volume de recursos dedicados a um deputado que, ao que tudo indica, utiliza esses valores para despesas que mais se assemelham a luxos do que a ações voltadas para o benefício da população.
Será que esses gastos retornam ao contribuinte?
Os gastos de R$ 486.839,41 em 2024 por parte de Matheus Vermelho não podem ser vistos isoladamente. O valor precisa ser contextualizado dentro da realidade da Assembleia Legislativa do Paraná, onde outros parlamentares também têm acesso a verbas públicas para ressarcir despesas relacionadas ao seu trabalho. Contudo, a grande questão é: será que essas despesas estão de fato voltadas para a melhoria das condições de vida dos paranaenses?
É preciso refletir sobre a natureza dessas despesas. Transporte, alimentação, hospedagens e outros itens que, muitas vezes, são classificados como "gastos de gabinete" podem, em alguns casos, ser uma cobertura para o que de fato são luxos pessoais. Em vez de promover melhorias tangíveis para a população, o que temos são recursos públicos sendo direcionados para o bem-estar de um único parlamentar, sem uma real justificação de como isso se traduz em benefícios diretos para os cidadãos.
Reflexão para o contribuinte: Até que ponto vale a pena?
A política deveria ser, antes de tudo, uma ferramenta para promover o bem-estar coletivo e o desenvolvimento da sociedade. No entanto, quando os gastos de um parlamentar ultrapassam os benefícios que ele entrega, fica evidente que é hora de reavaliar a situação. O custo de manter um deputado com esse perfil - que parece mais preocupado com os próprios interesses do que com a população - é alto e difícil de justificar.
Como cidadãos e eleitores, os paranaenses têm o direito e a responsabilidade de questionar como os recursos públicos estão sendo utilizados. A pergunta que fica no ar é simples, mas essencial: vale a pena manter um deputado que utiliza quase meio milhão de reais em despesas pessoais, sem entregar um retorno significativo para a sociedade? A resposta, para muitos, é clara: não.
LUXOS E PRIVILÉGIOS
O desempenho de Matheus Vermelho em 2024: Pouco a troco de muito
Em 12 meses, o deputado entregou apenas 14 projetos de lei, uma média de 1 projeto a cada 26 dias
Outro dado que chama a atenção é o número de projetos de lei apresentados por Matheus Vermelho no decorrer do ano de 2024. Em 12 meses, o deputado entregou apenas 14 projetos de lei - uma média de 1 projeto a cada 26 dias. Em um ambiente onde a produtividade legislativa é um dos principais parâmetros de avaliação do trabalho de um parlamentar, esses números são mais do que decepcionantes.
Enquanto o deputado acumula gastos que beiram os R$ 500 mil, a contribuição para a sociedade se limita a um número irrisório de projetos. Isso nos leva a uma questão importante: o que a sociedade está realmente recebendo em troca desse elevado custo?
Se o trabalho de um deputado é criar, aprovar e implementar leis que tragam benefícios à população, o baixo número de projetos apresentados por Matheus Vermelho levanta dúvidas sobre sua real dedicação ao cargo. E a grande pergunta permanece: qual é o valor real de um deputado que não entrega resultados tangíveis, mas sobrecarrega os cofres públicos com gastos elevados?
O que o eleitor pode fazer?
A resposta para essa situação está nas mãos dos eleitores. Como cidadãos do Paraná, os paranaenses têm o poder de exigir mais responsabilidade e eficiência de seus representantes. Não basta apenas votar. É preciso acompanhar e cobrar resultados. O valor investido em um deputado deve ser proporcional ao trabalho que ele entrega em favor da sociedade.
Além disso, é fundamental que a sociedade continue a questionar e a exigir mais transparência sobre como os recursos públicos estão sendo gastos. Afinal, quem paga essa conta é o contribuinte, e é ele quem deve decidir se o preço vale a pena.
O caso do deputado Matheus Vermelho é um reflexo de um problema maior que afeta a política brasileira: a utilização excessiva de recursos públicos para fins que nem sempre estão alinhados com as necessidades da população. Em um cenário de altos gastos e baixo retorno, o questionamento é inevitável: até que ponto é justificável gastar quase meio milhão de reais para manter um deputado que não oferece resultados suficientes para justificar tal custo?
O Brasil precisa de políticos comprometidos com o bem comum, que priorizem o interesse público em vez de suas próprias conveniências. Até lá, cabe ao eleitor paranaense fiscalizar, cobrar e, acima de tudo, exigir mudanças no uso das verbas públicas.
Vergonha: Deputado Matheus Vermelho apresentou apenas 18 requerimentos em 2024
O desempenho do deputado Matheus Vermelho no ano de 2024 gerou bastante insatisfação entre os cidadãos paranaenses. Em um ano inteiro de trabalho, o parlamentar apresentou apenas 18 requerimentos, um número que chama a atenção pela sua falta de relevância e, principalmente, pela quantidade de justificativas de ausência que compõem essa lista.
Dos 18 requerimentos, 10 foram exclusivamente para justificar faltas em sessões plenárias. Esses pedidos de justificativa de ausência não só são um reflexo da falta de comprometimento com o cargo, como também indicam que o deputado deixou de participar de atividades legislativas importantes, prejudicando a sua função de representar os interesses da população.
Além disso, Matheus Vermelho também apresentou requerimentos protocolares, como votos de pesar e apoios a requerimentos de outros parlamentares. Embora esses atos possam ser considerados uma formalidade dentro do processo legislativo, eles não geram um impacto real na vida dos cidadãos e não representam um avanço nas questões sociais que demandam atenção urgente.
Em um momento onde o Paraná enfrenta desafios em diversas áreas, é difícil entender como atos protocolares se tornam a prioridade de um representante eleito. Entre os poucos requerimentos considerados relevantes, destaca-se um pedido de informação sobre o andamento das obras de duplicação da BR-469 (Rodovia das Cataratas). Este, embora seja um tema de importância para a região, é apenas um pequeno reflexo de uma atuação legislativa tímida diante de tantas necessidades estruturais e sociais do estado.
Esse comportamento de um deputado eleito para fazer a diferença na vida dos paranaenses reflete uma triste realidade: um parlamentar que gasta mais tempo justificando faltas do que apresentando propostas concretas. A baixa produtividade de Matheus Vermelho se torna ainda mais preocupante quando consideramos o custo elevado do mandato. O dinheiro público que mantém o deputado no cargo poderia estar sendo investido em melhorias para áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, mas, ao que tudo indica, está sendo desperdiçado em uma atuação pífia e descompromissada.
Em um cenário onde a população busca resultados efetivos, a atuação de Matheus Vermelho se mostra distante das expectativas. Com um número tão baixo de requerimentos significativos e a predominância de formalidades, é inevitável questionar se a presença do deputado na Assembleia Legislativa realmente justifica o custo que isso impõe aos cidadãos. A população paranaense merece mais do que justificativas de ausências e protocolos vazios.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 403, páginas 4 e 5, de autoria do jornalista Enrique Alliana