Ver. Soldado Fruet entra nos livros de história ao ser contra o seu próprio projeto
Por Tribuna Foz dia em Notícias

SOLDADO X GENERAL
Ver. Soldado Fruet entra nos livros de história ao ser contra o seu próprio projeto
Enrique Alliana - Jornalista
Se existisse um museu das grandes trapalhadas políticas de Foz do Iguaçu, o vereador Soldado Fruet teria garantido seu espaço em destaque, com direito a plaquinha dourada.
“O homem que assinou contra o próprio projeto”. É isso mesmo. Nem os roteiristas mais criativos das antigas comédias de pastelão conseguiriam imaginar uma cena tão constrangedora.
O enredo é simples. O vereador propôs o Projeto de Lei Nº 48/2025, que pasmem, criava o “Cria o Programa de Gestão do Patrimônio Imobiliário de Foz do Iguaçu - PGPI/FI - e autoriza a Desafetação de Imóveis Públicos Dominicais para fins de alienação".
O Projeto de Lei apenas buscava ouvir a população antes de ceder áreas públicas, garantindo a participação da população interessada. Democracia básica, coisa de cartilha escolar. A Câmara aprovou e foi para a sansão do prefeito.
Tudo certo, até que entra em cena o prefeito General Silva e Luna, que como bom general, gosta de deixar claro quem manda. Vetou o projeto do Vereador Soldado Fruet, e o texto voltou para a Câmara. Até aí, nada fora do normal. O problema é que o soldado, em vez de sustentar a sua própria ideia, resolveu bater continência para o general assinou na Comissão de Legislação, Justiça e Redação o "Parecer", o Veto Total ao Projeto de Lei n° 48/2025, de autoria do Prefeito Municipal, que trata do “Veto Total ao Projeto de Lei nº 48 de 2025.
Com a assinatura do Soldado Fruet, ele entra na história iguaçuense de ter assinado contra seu próprio projeto.
Se fosse uma fábula, a moral da história seria: “Nunca espere independência de quem confunde mandato popular com escala de hierarquia militar.” O vereador Soldado Fruet transformou-se em exemplo de obediência cega, daqueles que fazem inveja a qualquer comandante de quartel. Um parlamentar que deveria fiscalizar o Executivo virou cabo eleitoral da submissão.
Eis a cena para entrar na memória coletiva. A população esperando ser ouvida e o vereador, que deveria defendê-la, se calando para não desagradar o chefe. Um soldado que, em vez de defender a trincheira do povo, preferiu marchar ao som da banda do general.
O resultado é tragicômico. Para o povo, fica a sensação de que a democracia virou desfile militar, com direito a passo marcado. Para a política local, mais um capítulo que entra na galeria do ridículo. E para o Soldado Fruet, a fama de protagonista de um feito histórico. Ser contra a própria criação.
Se o romance entre soldado e general fosse uma novela, estaria na categoria comédia. Mas, como é vida real, é só mais uma prova de que, em Foz do Iguaçu, a piada nunca perde a graça, e quem ri por último, infelizmente, não é o povo.
Nesta segunda-feira, o Veto foi lida na Sessão Ordinária da Câmara Municipal e será votada na próxima sessão.