MUNDO CÃO

Galhardo e Protetora Carol destinam do orçamento público quase um milhão de reais para uma única entidade

A causa animal é justa. Entretanto, a destinação de quase um milhão de reais para uma única entidade por meio de emendas impositivas é, no mínimo, suspeita. O questionamento feito por vários setores da sociedade aponta para uma dupla de vereadores que vem sendo alvo da justiça desde o início da atual legislatura. Galhardo e Protetora Carol, são investigados pelo GAECO pelo crime de "rachadinha", e podem estar em conluio nessa manobra financeira envolvendo o dinheiro público.

Uma notícia divulgada pela própria comunicação da Câmara no dia 18 de janeiro suscitou a polêmica. O texto alardeou que instituições e entidades serão beneficiadas com recursos de emendas. Seria essa uma forma de o Poder Público "auxiliar o trabalho sério de entidades que fazem atividades de interesse público e de atendimento a grandes comunidades em Foz do Iguaçu".

Na área referente à causa animal, a Câmara informou há uma emenda (72/2022), no valor de R$ 499.561,27, dos vereadores Protetora Carol Dedonatti (PP) e Galhardo (Republicanos). A entidade a ser beneficiada com esse montante é a Associação de Proteção aos animais Amigo Peludo de Foz do Iguaçu (APAA-FI). A verba seria para o programa de castração de cães e gatos.

Para esta mesma entidade os dois vereadores destinaram uma segunda emenda (73/2022), no valor de R$ 434.561,27. Essa verba estaria relacionada mais diretamente à saúde pública, no que tange a causa animal. O total das duas emendas é de R$ 934,1 mil.

A imprensa mais atenta ao que acontece no Poder Legislativo também questionou. "A diretoria dessa entidade tem ligação direta com a vereadora Protetora Carol Dedonatti, inclusive com participação ativa na campanha política da vereadora", apontou o jornalista e apresentador Ed Queiroz, do Grupo Mundial de Comunicação.

O comunicador também questiona: "O vereador Galhardo, algum dia já foi da causa animal?". O vídeo postado nas redes sociais teve muitos comentários, ainda mais porque Ed pediu a opinião das protetoras e protetores da cidade e lançou o desafio. "Como vão comprovar se a finalidade da verba foi cumprida visto que tem serviços subjetivamente incalculáveis?". O caso será levado ao GAECO.

Esta é uma reprodução do Jornal (Mídia Impressa) Tribuna Popular - Edição 345, publicado nas páginas 5, de autoria do Jornalista Enrique Alliana