Em 336 dias General Silva e Luna não conseguiu tapar os buracos da cidade
Por Tribuna Foz dia em Notícias
SIMBOLO DE INCOPETÊNCIA
Em 336 dias General Silva e Luna não conseguiu tapar os buracos da cidade
A terra das maravilhas naturais virou, para seus habitantes, a capital do buraco
Foz do Iguaçu, cidade mundialmente admirada pelas Cataratas e pela grandiosidade da Itaipu Binacional, vive um contraste humilhante: enquanto atrai turistas do mundo inteiro, seus próprios moradores convivem diariamente com crateras no asfalto, vias esburacadas e um cenário urbano que lembra abandono, descaso e improviso. A terra das maravilhas naturais virou, para seus habitantes, a capital do buraco. E a pergunta que ecoa nas rodas de conversa, nas redes sociais e nas filas dos postos de combustível é inevitável: o General Silva e Luna vai continuar à frente da prefeitura ou será expurgado pela própria incompetência administrativa que demonstra?
O mais irônico é que o responsável por esse caos é justamente o homem que prometeu domínio técnico sobre o assunto. General Silva e Luna, em campanha, repetia com orgulho ter passado quase 30 anos fazendo asfalto na Amazônia, um verdadeiro "especialista" no tema, segundo ele mesmo. Mas bastaram 336 dias de governo para que a população percebesse que o discurso era muito mais sólido que a prática. Porque de asfalto, só sobrou a poeira.
Para completar o desastre, a escolha da secretária de Obras, Thaís Escobar, só potencializou o caos. Com diploma impecável e currículo elogiável, não conseguiu entregar o básico: tapar buracos. Ficou evidente que, no serviço público, teoria sem prática é como asfalto sem compactação, rompe na primeira chuva. E, convenhamos, se a gestão tivesse um mínimo de humildade, poderia ter aprendido com quem realmente entende do assunto: Paulinho Tapa-Buraco, figura simples, mas lendária, que conhece cada rua, cada remendo e cada técnica que não se aprende em faculdade alguma.
A distância entre a fantasia dos discursos e a realidade dos motoristas desviando crateras é abissal. E o calendário não perdoa: neste 2 de dezembro de 2025, completam-se 336 dias de governo, restando apenas 29 para o fim do ano. E, até agora, nenhuma das promessas repetidas durante a campanha virou realidade. Nenhuma. As poucas inaugurações exibidas nas redes oficiais são resquícios, obras herdadas e deixadas prontas pela gestão anterior de Chico Brasileiro.
O choque de gestão prometido pelo General Silva e Luna virou um curto-circuito administrativo. O prefeito importou secretários, montou uma tropa de confiança e anunciou soluções mágicas. No fim, entregou improviso, equívocos e uma cidade abandonada. Transformou, em menos de um ano, a esperança que muitos depositaram nele em vergonha pública.
Se a prefeitura fosse um quartel, a operação já teria sido abortada. O general que se apresentava como "salvador da pátria" tornou-se o embaixador do improviso, porta-voz da desordem e símbolo de uma gestão que não sabe planejar, não sabe executar e, pior, não sabe ouvir. Sua tropa? Oficiais aposentados, que circulam pelos corredores da prefeitura como se ainda dessem ordem unida, mas tropeçam em papéis, decretos e protocolos que não compreendem.
A população já percebeu: o erro não foi apenas entregar as chaves da cidade a um militar. Foi entregar o futuro a alguém que governa como se administrasse um quartel autoritário, isolado, cercado de assessores despreparados e sem nenhum compromisso verdadeiro com a função pública.
Os buracos das ruas são apenas o sintoma visível. O buraco é maior e mais profundo e está na maneira de gestão imposta por um militar que não consegue mandar.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 425, Página 6, de autoria do Jornalista Enrique Alliana
