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Em final de mandato, prefeito Chico Brasileiro faz iniciativa privada transformar avenida em rua

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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MÁ GESTÃO

Em final de mandato, prefeito Chico Brasileiro faz iniciativa privada transformar avenida em rua

Embora a maior parte das críticas recaia sobre o prefeito, o Secretário de Planejamento, Andrey Bachixta, também tem sido apontado como um dos responsáveis pelo fiasco

A má gestão do prefeito Chico Brasileiro tem se tornado um dos assuntos mais comentados em Foz do Iguaçu, especialmente após os desdobramentos envolvendo a tão esperada duplicação da Avenida João Paulo II. Prometida como uma obra de infraestrutura transformadora, capaz de interligar importantes pontos da cidade, a iniciativa agora sofre críticas contundentes por não cumprir com as expectativas anunciadas.

No dia 31 de outubro de 2023, Chico Brasileiro organizou um evento no luxuoso Hotel Viale para oficializar o Termo de Conversão de Área (TCA) com a Empresa Lote Grande Empreendimentos Imobiliários. A ocasião, repleta de pompa, anunciava um investimento de R$ 13 milhões para a construção de um trecho de dois quilômetros na Avenida João Paulo II, incluindo asfalto, drenagem, calçadas, ciclovia, paisagismo e até uma ponte sobre o Rio Mimbi.

O projeto foi apresentado como um marco para o desenvolvimento urbano da cidade, destacando o alinhamento entre interesses públicos e privados. O decreto nº 31.147/2023, que regulamenta os termos de conversão de área, foi exaltado como uma solução ágil e eficiente para atender às demandas da população. Durante o evento, Chico Brasileiro afirmou:

"Essa obra traz um símbolo importante para a cidade do futuro, porque estamos transformando áreas em obras de interesse da população, e essas transformações estão sendo possíveis em virtude da regulamentação do Termo de Conversão de Área, que possibilita a conciliação de interesses públicos e privados em projetos de infraestrutura, sempre com transparência e eficiência."

Essas palavras, no entanto, agora parecem ecoar como promessas vazias. A população, que esperava uma avenida de grande porte, com infraestrutura moderna e acessível, está presenciando a transformação do projeto em algo muito aquém do prometido: uma simples rua.

Esse retrocesso gerou uma onda de descontentamento entre os moradores e líderes comunitários. Muitos consideram que a administração municipal não apenas falhou na execução do projeto, mas também enganou a população ao criar expectativas que nunca seriam atendidas.

Embora a maior parte das críticas recaia sobre o prefeito, o Secretário de Planejamento, Andrey Bachixta, também tem sido apontado como um dos responsáveis pelo fiasco. Ele foi o encarregado de desenvolver o projeto, e sua condução do processo gerou questionamentos sobre transparência e competência técnica.

MÁ GESTÃO

Governo de Chico Brasileiro prioriza interesses particulares em detrimento às necessidades da população

Seja por incompetência, descaso ou falta de visão estratégica, o fato é que a obra na Avenida João Paulo II deixou de ser um símbolo de progresso para se tornar um exemplo claro de como a má gestão pode comprometer o futuro de uma cidade

A insatisfação com o prefeito Chico Brasileiro vai além dessa obra específica. Muitos consideram que ele construiu uma reputação de prometer mais do que pode cumprir, além de ser acusado de deslealdade até mesmo com aliados políticos próximos. A frustração popular é intensificada pela percepção de que as decisões municipais frequentemente priorizam interesses particulares em detrimento das necessidades da população.

O caso da Avenida João Paulo II reflete um problema maior na gestão pública de Foz do Iguaçu: a falta de compromisso em realizar obras de qualidade que realmente beneficiem a cidade. Projetos ambiciosos são anunciados com alarde, mas a execução frequentemente deixa a desejar, gerando desperdício de recursos e minando a confiança dos moradores na administração pública.

Por outro lado, o mecanismo do Termo de Conversão de Área, que poderia ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento urbano, acaba sendo mal utilizado. Em vez de agilizar projetos de interesse coletivo, parece ter se tornado um instrumento para justificar decisões pouco transparentes.

Os moradores de Foz do Iguaçu têm razões para se sentir traídos. A expectativa de ver uma nova avenida interligando bairros importantes, com infraestrutura de primeira linha, foi frustrada pela entrega de uma simples rua, sem o impacto transformador prometido. Mais do que um erro de planejamento, essa situação simboliza a desconexão entre as promessas do poder público e as necessidades reais da população.

Enquanto isso, a cidade segue enfrentando desafios de mobilidade urbana, que poderiam ter sido atenuados com a conclusão bem-sucedida desse projeto. A duplicação da Avenida João Paulo II era vista como uma solução estratégica para melhorar o fluxo de veículos e promover o desenvolvimento econômico local. Sua redução para uma rua modesta é um reflexo direto da má gestão que tem caracterizado a atual administração.

No cenário político, a má condução desse projeto deve se tornar um ponto de destaque nas próximas eleições. A população, cada vez mais insatisfeita, começa a questionar não apenas a liderança de Chico Brasileiro, mas também os critérios e prioridades da administração municipal como um todo. Afinal Chico Brasileiro ajudou o General silva e Luna a ganhar as eleições 2024.

Seja por incompetência, descaso ou falta de visão estratégica, o fato é que a obra na Avenida João Paulo II deixou de ser um símbolo de progresso para se tornar um exemplo claro de como a má gestão pode comprometer o futuro de uma cidade. Enquanto isso, os moradores aguardam respostas e, acima de tudo, uma administração que seja capaz de transformar promessas em realidade.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular (mídia impressa) - Edição 401, páginas 6 e 7, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

 

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