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Esposa do General Silva e Luna não votará no próprio marido

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Esposa do General Silva e Luna não votará no próprio marido
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FIM DA PICADA

Esposa do General Silva e Luna não votará no próprio marido

O título eleitoral de Nadejda Kasakevitch e Luna é de Brasília e ela vota no Centro Integrado de Ensino Médio Cruzeiro

Quando a própria esposa se recusa a votar no marido, isso soa como o fim da linha. Como um candidato espera pedir votos com moral aos eleitores de uma cidade, se nem em casa consegue garantir o apoio? Parece roteiro de ficção científica, mas é exatamente o que acontece com o candidato a prefeito Joaquim da Silva e Luna, que tem o irrestrito apoio do atual prefeito Chico Brasileiro.

A esposa do general, Nadejda Kasakevitch e Luna, não votará nele por uma razão simples e desconcertante: seu título eleitoral é de Brasília. Ela vota no Centro Integrado de Ensino Médio Cruzeiro, localizado na capital federal. O detalhe que chama atenção é que Nadejda teve tempo mais que suficiente para transferir seu título para Foz do Iguaçu, já que há mais de um ano o general expressou seu desejo de concorrer à Prefeitura. A pergunta que não quer calar: por que não o fez?

Seria por medo de perder o voto? Ou talvez uma vingança silenciosa por um motivo mais sórdido? Afinal, manteve por três anos, um caso extraconjugal com uma jovem humilde da periferia de Pernambuco, de apenas 19 anos. A resposta para esse mistério? Só o general pode nos dar.

A encenação

Quando o escândalo do affair extraconjugal estourou no início do mês, o general correu para os holofotes e levou sua esposa, filhos e netos para o programa eleitoral gratuito. Uma verdadeira encenação. Sua esposa, claramente constrangida, foi exposta ao lado do marido traidor e ainda foi forçada (será?) a declarar que Luna era um "marido exemplar". Uma cena tão forçada quanto desconcertante.

Os filhos e netos também apareceram, posando ao lado do casal em uma sala ampla (seria alugada?) como se fossem a família perfeita. Mas, enquanto as câmeras filmavam a "família feliz", a desconfiança pairava no ar: será que os filhos também não votarão no general? Nossa equipe está em campo investigando essa suspeita.

O que está por trás do sorriso bonachão?

Em nível pessoal, nada temos contra o general Silva e Luna. À primeira vista, ele parece até um sujeito simpático. No entanto, suas atitudes como homem público deixam muito a desejar. Um general que ocupou os mais altos cargos da República deveria ser exemplo de integridade e respeito, mas o que vemos é uma sucessão de atitudes que põem em xeque sua capacidade de liderar uma cidade como Foz do Iguaçu.

Nosso dever como jornalistas é informar nossos leitores sobre os bastidores da vida dos candidatos. No caso do general, o que se destaca é seu possível desprezo pelas mulheres. E não foi só no escândalo do affair que isso ficou evidente. Recentemente, durante uma reunião com professores, ele se envolveu em uma discussão acalorada com uma professora. Com dedo em riste e em tom autoritário, o general mandou que a professora Antonella "calasse a boca", alegando que ele "merecia respeito". Que respeito é esse que se exige aos gritos?

A cada novo episódio, a figura do general vai se desmontando, revelando um personagem muito distante daquele que deveria encabeçar uma campanha por uma cidade tão importante como Foz. Resta saber se os eleitores seguirão o exemplo da esposa e também o abandonarão nas urnas.

Esta é uma reprodução jornalística de autoria do jornalista Enrique Alliana, publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 393, página 4

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