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Falta de planejamento do Foztrans expõe população a mais acidentes de trânsito

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Falta de planejamento do Foztrans expõe população a mais acidentes de trânsito
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MÁ GESTÃO

Falta de planejamento do Foztrans expõe população a mais acidentes de trânsito

Sem renovação de contrato, empresa retira equipamentos de fiscalização eletrônica das vias do município; número de sinistros em 2024 já ultrapassa 660 ocorrências

Desde 16 de abril passado as vias sob responsabilidade do município não contam mais com equipamentos de fiscalização eletrônica. Devido a falta de planejamento do Foztrans em não renovar com antecedência o contrato responsável pelo serviço, 32 aparelhos deixaram de operar e foram removidos.

De acordo com a Prefeitura, um novo contrato está em andamento, entretanto, sem data definida para ser lançado. A situação expõe mais uma vez o total descompromisso do governo do prefeito Chico Brasileiro, que há sete anos governa a cidade para atender interesses particulares e de seus aliados políticos.

Se por um lado cargos comissionados são bancados com dinheiro do contribuinte, do outro o número de acidentes nas ruas de Foz do Iguaçu revela a consequência da má gestão sobre a vida das pessoas.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Foz do Iguaçu registrou mais de 2,3 mil acidentes de trânsito em 2023. Neste ano, o município já ultrapassou o número de 660 ocorrências. Do total de casos, cerca de 75% correspondem a ocorrências envolvendo motocicletas.

O índice é bastante preocupante, tendo em vista o alto grau de fatalidades e sequelas graves nos usuários deste tipo de veículo, que ocupa uma parcela representativa da frota iguaçuense, somando mais de 40 mil unidades.

Diversos casos chamaram a atenção da população e das autoridades entre janeiro e abril na fronteira. Dentre eles, destaca-se uma colisão registrada no dia 11 de janeiro, no cruzamento das ruas Estanislau Zambrzycki e Antônio Raposo, no bairro Porto Meira, que resultou na morte de um motociclista.

Câmeras de monitoramento das vias confirmaram que o acidente foi causado pela imprudência do motorista de um carro envolvido na batida. O acontecimento gerou protestos pedindo por mais segurança nas vias.

Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, a maioria das vítimas de acidentes graves em Foz são homens com idades entre 20 e 29 anos. Dados do Foztrans mostram que dentre as vias com o maior número de ocorrências, destacam-se as avenidas Paraná, Costa e Silva, República Argentina, Juscelino Kubitschek e Cataratas. Grande parte dos casos é registrado nos horários de pico e finais de semana.

Com a retirada dos equipamentos de fiscalização eletrônica, a expectativa é de que o número de acidentes aumente.

POLITICAGEM

Retirada de fiscalização eletrônica de trânsito lembra prática antiga em Foz do Iguaçu

Filiação do ex-diretor do Foztrans ao partido controlado pelo ex-prefeito Samis indica que estrutura do município pode voltar a ser usada para fins políticos na cidade

Quem é um pouco mais antigo se lembra do que acontecia em Foz do Iguaçu ao longo das gestões da família Silva à frente da Prefeitura Municipal, especificamente quanto ao controle dos equipamentos de fiscalização de trânsito disponíveis à época. Com uma legislação de trânsito ainda incipiente no município, era notável a mudança de critério adotado pelos governos Dobrandino e Samis da Silva em anos eleitorais.

Com fiscalização bem mais permissiva às vésperas das eleições, o número de acidentes aumentava diante da diminuição das multas, tudo de acordo com os interesses políticos do mandatário da vez.

Ao que tudo indica, esse cenário parece se repetir atualmente em Foz do Iguaçu. Filiado ao MDB, partido sob controle do pré-candidato a prefeito Samis da Silva (tanto é que o presidente do MDB é parente de Samis), o ex-diretor do Foztrans Fernando Maraninchi ostenta competência suficiente para saber que o contrato de fiscalização eletrônica encerrado em abril passado precisaria ser renovado com o devido planejamento.

Não foi o que aconteceu. Em meio ao número crescente de acidentes com vítimas graves e fatais, Maraninchi deixou o Foztrans para tentar emplacar como pré-candidato a vice-prefeito de Samis (ou quem sabe qualquer outro cargo que lhe garanta uma boa quantidade de dinheiro público com pouco trabalho) sem fazer o mínimo que se esperava de seu cargo.

Diretor do Foztrans por quase toda gestão de Chico Brasileiro, Fernando Maraninchi representa o fracasso do município quanto à mobilidade e o transporte público urbano no município. Com um sistema de ônibus que não atende às necessidades da população e faz vergonha aos nossos turistas há sete anos, o Foztrans se consolidou sob a gestão de Brasileiro como mais uma autarquia da Prefeitura à disposição dos interesses políticos do prefeito e sua claque. Maraninchi fará de tudo para que isso seja esquecido, é papel da imprensa não permitir.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, edição 377, páginas 6 e 7

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