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General Silva e Luna enterra a "austeridade" prometida na campanha e propõe criação de novas diretorias

Por Tribuna Foz dia em Notícias

General Silva e Luna enterra a "austeridade" prometida na campanha e propõe criação de novas diretorias
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"GENERAL MENTIROSO"

General Silva e Luna enterra a "austeridade" prometida na campanha e propõe criação de novas diretorias

Assim, a "austeridade" virou apenas mais uma palavra vazia, usada para conquistar votos e descartada assim que o poder foi conquistado

A palavra "austeridade" foi um dos pilares da campanha eleitoral do atual prefeito de Foz do Iguaçu, o general da reserva Joaquim Silva e Luna. Apresentado como um gestor técnico, sério e comprometido com a moralidade e o controle rigoroso dos gastos públicos, Silva e Luna fez questão de repetir, em diversas ocasiões, que seu governo seria pautado pela responsabilidade fiscal e pela contenção de despesas desnecessárias. No entanto, mal assumiu o cargo e já começa a contradizer flagrantemente o que pregou à população.

A mensagem nº 016/2025 enviada por ele à Câmara de Vereadores, que visa a criação da Autarquia de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita) e a estruturação de carreiras funcionais dentro da entidade, soa, à primeira vista, como uma iniciativa administrativa. Mas, na prática, esconde a criação de duas novas diretorias - ou seja, mais cargos comissionados e mais custos aos cofres públicos. Para muitos, trata-se do primeiro ato concreto de um governo que já trai suas promessas iniciais.

A palavra "austeridade", tão usada durante a campanha, refere-se justamente à moderação de gastos, ao controle rigoroso do orçamento público e à busca por eficiência nos serviços com o menor custo possível. No entanto, a criação de cargos, diretorias e estruturas paralelas aponta justamente na direção oposta. O que se vê é o início da velha prática política do inchaço da máquina pública, algo que o general Silva e Luna jurou combater.

A indignação entre os eleitores é crescente. Muitos acreditaram no discurso do general - amparado em seu currículo militar, sua atuação como Ministro da Defesa, Diretor-Geral da Itaipu Binacional e Presidente da Petrobras - e esperavam uma gestão enxuta, eficiente e ética. Mas, para esses eleitores, o que está sendo entregue é apenas mais do mesmo. Um exemplo claro de como as promessas de campanha podem ser rasgadas logo após a eleição.

"Eu votei nele porque achei que, como general e ex-presidente da Petrobras, ele teria pulso firme e responsabilidade. Mas agora, já quer criar cargo novo e mais despesas? Isso é uma traição ao que ele prometeu!", reclamou um eleitor nas redes sociais. Outro, ainda mais indignado, disse: "Ele é uma farsa! Falou bonito na campanha, mas na prática está fazendo o que todos os outros fizeram antes dele. Vai ser pior que o Daijó!".

General Silva e Luna seria o Daijó II?

A comparação com o exprefeito Hary Daijó, considerado por muitos como o pior administrador da história de Foz do Iguaçu, é especialmente grave. Daijó foi marcado por desorganização administrativa, falta de pagamentos a servidores públicos e acusações de permitir que assessores sem preparo comandassem a cidade nos bastidores. A simples menção ao nome de Daijó como referência negativa já acende um alerta sobre a insatisfação popular com os primeiros passos da atual gestão.

Na contramão do discurso prometido na campanha

A criação de duas novas diretorias, sob qualquer justificativa que seja, vai na contramão do discurso de eficiência e contenção. Em um momento em que a cidade ainda enfrenta desafios fiscais e demanda investimentos em áreas críticas como saúde, educação e infraestrutura, abrir espaço para mais cargos políticos revela, no mínimo, uma priorização equivocada.

O mais preocupante é que esse projeto pode ser apenas o primeiro de muitos movimentos similares. Se a Câmara aprovar sem questionar, abre-se a porteira para que outras estruturas sejam criadas, cargos inventados e despesas multiplicadas - tudo em nome de uma governabilidade que, aparentemente, se faz às custas da coerência e da palavra dada em campanha.

General se mostrou ser uma pessoa vazia

Assim, a "austeridade" virou apenas mais uma palavra vazia, usada para conquistar votos e descartada assim que o poder foi conquistado. A frustração é grande, e a cobrança tende a crescer. Afinal, o povo de Foz do Iguaçu não esperava milagres, mas, no mínimo, esperava coerência. E isso, pelo visto, já foi jogado na lata de lixo.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 413, Página 4, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

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