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Gestor "corrupto" vira diretor no governo Ratinho Junior

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Gestor "corrupto" vira diretor no governo Ratinho Junior
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DESGOVERNO

Em depoimento à Justiça Federal na Operação Pecúlio, delator confessa ter repassado R$ 30 mil mensais a Geraldo Biesek, então diretor do Hospital de Foz

A desfaçatez e o escárnio na administração pública do Estado do Paraná parecem sem fim. Afrontando a Lei da Ficha Limpa e o princípio da moralidade, o Governador Ratinho Junior nomeou um possível "corrupto" para o cargo de diretor do Hospital Regional de Francisco Beltrão. Trata-se de Geraldo Gentil Biesek, réu no escândalo da Pecúlio quando era diretor do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, na gestão do ex-prefeito Reni Pereira.

Biesek foi nomeado por Ratinho, após reunião no dia 10 de janeiro com o secretário estadual de saúde, Beto Preto e o presidente da Assembleia do Paraná, deputado Ademar Traiano. A então diretora do HR, Cintia Ramos, deverá retornar para o quadro da equipe da Secretaria Municipal de Saúde de Francisco Beltrão.

Geraldo Biesek se apresenta como economista e gestor de saúde pública e já havia atuado no Governo Ratinho. Foi chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) entre 2019 e 2020, além de ser diretor-técnico de Saúde da Funeas entre 2020 e 2021. Integrou também o Ministério da Saúde do Brasil/UNESCO, como Consultor para Desenvolvimento e Implantação de Projetos em Saúde Pública.

Imoralidade e roubalheira

O que o Governo Ratinho Júnior não divulgou é que Geraldo Biesek fez parte do esquema descoberto pela Operação Pecúlio, comandada Polícia Federal e Ministério Público Federal. A investida da PF e do MPF desvendou o maior escândalo de corrupção da história de Foz do Iguaçu envolvendo contratos em diversos setores da prefeitura, inclusive na saúde. Geraldo Biesek era gestor do Hospital Municipal.

A Operação Pecúlio identificou a existência de um esquema de propina na execução dos contratos da Fundação Municipal de Saúde, responsável pelo gerenciamento do Hospital. Vários delatores da Operação Pecúlio, sendo eles Melquizedeque Corrêa de Souza e Euclides de Moraes Barros Junior, apontado Geraldo Biesek como um dos operadores do esquema de corrupção.

Prisão decretada

No âmbito da Operação Pecúlio, Geraldo Biesek teve a prisão decretada pela Justiça Federal, porém no dia do cumprimento do mandado (15/12/2016) ele não foi localizado sendo considerado foragido. Entretanto, em data de 17 de dezembro de 2016 (dois dias depois), ele se apresentou na delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, acompanhado de advogado.

Isso aconteceu na 5ª fase da Operação Pecúlio, denominada "Nipoti". Na época foram 28 mandados de prisão. A operação identificou 85 envolvidos no esquema de fraudes em licitações para a contratação de obras e de serviços na área da saúde.

O prefeito Reni Pereira também foi preso, porém cumpriu prisão domiciliar até conseguir nas instâncias superiores a transferência do processo para a Justiça Eleitoral. Essa decisão fez com que o processo retornasse para a origem, agora sob comando da Justiça Eleitoral, razão pela qual todos que ainda estavam presos obtivessem a revogação dos mandados. A Operação Pecúlio identificou crimes como peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraude em licitações.

Esta é uma reprodução do Jornal (Mídia Impressa) Tribuna Popular - Edição 345, publicado nas páginas 12, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

 

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