POLÍTICA

Poucos dias depois de assumir, o vereador Marcio Rosa requereu a completa anulação das emendas impositivas protocoladas pelo seu antecessor; Assessoria Jurídica e Comissão Mista rejeitam pedido de vereador

Poucos dias após o vereador Marcio Rosa assumir uma cadeira na de Vereadores, a maldade começou a exalar de seus poros ao ponto de requerer a completa anulação das verbas impositivas de seu antecessor, já no ditado popular "roubar" o que de outro é de direito.

Como a política é verdadeira. O católico deixa de ser católico, o evangélico deixa de ser evangélico, o traficante deixa de ser traficante e o policial deixa de ser policial. Pois todos agora são apenas políticos.

O vereador Marcio Rosa é católico, mas deve ter esquecido o provérbio "Não roubarás". É o que diz um dos 10 mandamentos da bíblia: Não furtarás. Roubar é uma injustiça e um pecado contra o próximo. Quem é cristão é chamado para viver de forma honesta, sem levar o que não é seu.

A Bíblia condena todas as formas de roubo e nos desafia a viver de maneira diferente, trabalhando para merecer o que temos e sem cobiçar o que é dos outros. Se possível, quem roubou deverá fazer restituição e procurar viver de forma honesta, como testemunho do poder de Cristo para mudar vidas.

Mas como na política, os ensinamentos bíblicos são esquecidos, o recém-chegado vereador Marcio Rosa decidiu "roubar" as emendas impositivas do então vereador Maninho.

No dia 25 de novembro de 2022, o suplente de vereador Marcio Rosa tomou posse na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. O suplente somente assumiu depois que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) cassou o mandato de Valdir de Souza, conhecido como "Maninho" por fraude (fraude está promovida pelos dirigentes partidários do Partido Social Cristão/PSC de Foz do Iguaçu), na composição de cota feminina de seu partido.

Poucos dias depois de assumir, o vereador Marcio Rosa requereu a completa anulação das emendas impositivas protocoladas pelo seu antecessor. Lembrando que "Maninho" protocolou as emendas impositivas no último dia regimental (11/11/2022) antes mesmo de Marcio Rosa tomar posse.

Rejeição

Após um parecer jurídico da casa de leis, o pedido de Marcio Rosa foi rejeitado pela Comissão Permanente da Câmara. No documento a relatora da comissão permanente escreveu "Salientase que o prazo para análise pela Comissão Mista das diversas Emendas apresentadas por todos os Vereadores é exíguo, sendo inviável a análise de novas Emendas apresentadas extemporaneamente. Ademais, de acordo com o Art. 112, §2º da Lei Orgânica c/c Art. 207, §3º do Regimento Interno da Câmara de Municipal de Vereadores de Foz do Iguaçu "os Vereadores terão o prazo improrrogável de vinte dias para oferecer emendas à Comissão Mista", prazo este que findou em 11/11/2022, conforme Oficio Circular de 19/10/2022. Corroborando este entendimento, o parecer do Setor Jurídico desta Casa de Leis em anexo. Assim, diante do exposto, a Comissão Mista se manifesta pelo indeferimento dos requerimentos apresentados nos ofícios supracitados, comunicando-se o requerente. Atenciosamente. Anice Gazzaoui - Vice-Presidente/Relatora".

Presidente manda arquivar pedido de Marcio Rosa

Diante do parecer jurídico e do parecer da Comissão Mista, o presidente da Câmara Ney Patrício, no exercício de sua função, que deve sobretudo distinguir o honesto do desonesto, já que tal violação implicaria em uma transgressão, podendo-se caracterizar um ato ilícito de modo gerar uma conduta viciada, fez jus ao principio constitucional da moralidade administrativa e arquivou o pedido formulado pelo vereador Marcio Rosa.

Mesmo assim, o vereador Marcio Rosa esbravejou nos corredores da casa de leis, que sua tese de anular as emendas de "Maninho" estavam corretas e a tese dos demais estariam equivocadas.

Esta é uma reprodução do Jornal Tribuna Popular - Edição 344, publicado na página 3, de autoria do Jornalista Enrique Alliana