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Mesmo com apoio da Ministra Gleisi e Itaipu Binacional Arilson Chiorato perde as eleições do PT no Paraná

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Mesmo com apoio da Ministra Gleisi e Itaipu Binacional Arilson Chiorato perde as eleições do PT no Paraná
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A EROSÃO DAS BASES PETISTAS

Mesmo com apoio da Ministra Gleisi e Itaipu Binacional Arilson Chiorato perde as eleições do PT no Paraná

Isso demonstra que as políticas regionais promovidas por Enio Verri, Carlos Carboni na Itaipu Binacional e Arilson Chiorato não agradaram nem mesmo a militância petista

Na famosa frase "não há nada tão ruim que não possa piorar". E pior que piorou. Foi assim que os militantes do Partido dos Trabalhadores se dirigem ao grupo que comando hoje o PT do Paraná.

A política tem seus ciclos, e o Partido dos Trabalhadores, historicamente forjado na base sindical, nos movimentos sociais e na luta pela justiça social, parece estar entrando em uma nova fase no Paraná. E não exatamente uma fase virtuosa. A derrota de Arilson Chiorato no primeiro turno da eleição interna do PT estadual, mesmo com o apoio explícito da ministra Gleisi Hoffmann e da poderosa Itaipu Binacional, escancara uma crise de representatividade, estratégia e articulação que não pode mais ser ignorada.

A muito tempo que as criticas só aumentaram, dando claro indicativo que os braços direitos da Ministra Gleisi Hoffmann, o atual diretor geral Enio Verri e o Diretor de Coordenação Carlos Carboni, da Itaipu Binacional, vem dia a dia destruindo as bases da esquerda regional. Após uma série de erros, inclusive nas eleições 2024, os dois diretores são apontados como responsáveis pelo afundamento das bases eleitorais que a Ministra Gleisi Hoffmann tinha na região.

Para muitos militantes petistas, a presença desses nomes em cargos tão estratégicos não foi sinônimo de fortalecimento político regional, muito pelo contrário. A gestão de Itaipu, sob o comando desse grupo, é vista como tecnocrática, distante da realidade das comunidades e sem conexão com as pautas históricas do PT. O resultado disso é claro: um afastamento entre a cúpula e a base.

Eleições 2026

Essa conta só será sentida nas eleições 2026, pois segundo consulta a alguns cientistas políticos que preferiram ficar no anonimato, se a Ministra Gleisi Hoffmann se candidatar a Deputada Federal, possivelmente terá apenas a metade da votação que teve nas eleições de 2022, onde poderá seria eleita, mas não com a votação expressiva que teve no passado.

Arilson Chiorato, apoiado pela Ministra Gleisi Hoffmann, representa a continuidade do dito projeto de fortalecimento da militância e da organização de base no estado.

PT regional em desconstrução

O caso do Paraná é emblemático. Não se trata de uma crise isolada, mas de um processo de desgaste que se estende por vários estados onde o partido já teve maior capilaridade. A derrota de Arilson Chiorato mostra que o projeto de continuidade desenhado por Gleisi Hoffmann e operado por seus aliados não encontra mais ressonância nem dentro do próprio partido.

O discurso de "fortalecimento da militância e das bases" se transformou em um mantra vazio, sem ação concreta.

PED

Tanto é que no Paraná, o Processo de Eleição Direta (PED) segue em aberto. o deputado federal Zeca Dirceu venceu o primeiro turno da eleição do PT no Paraná. Após a escrutinação apurou-se que no Paraná, Zeca Dirceu obteve 7.616 votos, Arilson Chiorato obteve 7.190 votos, o deputado federal Tadeu Veneri teve 1.605 votos e o professor Hermes Leão com 790 votos.

O candidato mais votado Zeca Dirceu é filho de José Dirceu, um dos fundadores do partido e personagem central da história recente da legenda, Zeca tem um estilo mais pragmático e defende uma articulação mais institucional com vistas às eleições de 2026. Ele representa, de certa forma, um novo velho PT: menos ideológico, mais eleitoral.

Segundo turno no Paraná

Nenhum dos candidatos à presidência estadual obteve maioria absoluta dos votos, e o segundo turno será disputado entre o deputado federal Zeca Dirceu e o atual presidente estadual deputado estadual Arilson Chiorato. A data ainda será confirmada pela direção estadual.

Derrota eleitoral

A situação do Partido dos Trabalhadores no Paraná é um reflexo claro de como a falta de renovação, o distanciamento das bases e a instrumentalização de cargos públicos podem corroer até mesmo as estruturas mais sólidas de um partido com história. A derrota de Chiorato não foi apenas uma derrota eleitoral, talvez seja uma sentença de morte de uma gestão política que coloca em xeque toda a estrutura montada por Gleisi Hoffmann no estado.

Disputa nacional segue em andamento

No plano nacional, o PED ainda está em curso. Diferente de outras etapas do processo, a eleição para a presidência nacional do partido não foi encerrada no primeiro turno. O resultado final depende do resultado da eleição em Minas Gerais.

Segundo a direção nacional, a edição de 2025 do Processo de Eleições Diretas é uma das maiores da história do partido, com estimativa de participação de mais de 370 mil filiados.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 418, Página 9, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

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