ABSURDO

"O buraco da incompetência: 203 dias de descaso na Av. Javier Koelbel"

A imagem que ilustra esse texto não é uma lembrança dos primeiros 100 dias de gestão do prefeito General Silva e Luna, como muitos poderiam supor ao ver o estado lastimável da Avenida Javier Koelbel. Infelizmente, ela representa a triste realidade vivida no 203º dia do ano de 2025, ou seja, mais de 200 dias de um governo marcado pelo descaso, pela paralisia e por uma inaceitável incompetência administrativa.

O buraco cravado na Avenida Javier Koelbel, no Bairro Porto Meira, se tornou símbolo de uma gestão que afundou no asfalto que nunca chegou. É mais do que uma cratera aberta no meio da via pública, é um retrato da farsa que foi vendida em campanha. General Silva e Luna, o autoproclamado "especialista em asfalto", que alardeava ter vasta experiência em obras viárias, principalmente na Amazônia, revelou-se um gestor incapaz de resolver até os problemas mais básicos e antigos da cidade que prometeu cuidar.

"Incompetente"

Os moradores da região adjacente, cansados de conviver com o risco diário de acidentes, expressam o sentimento coletivo de frustração e raiva. "Incompetente", "enganador", e até mesmo xingamentos mais pesados viraram rotina quando o nome do prefeito é citado. "Sua falecida mãe deve estar se revirando no túmulo", disse um morador revoltado, referindo-se à enxurrada de xingamentos que o General recebe diariamente cada vez que mais um cidadão cai no mesmo buraco. O mesmo buraco que persiste desde o início do ano, inerte, como a gestão municipal.

General Silva e Luna prometeu austeridade. Prometeu rigidez, prometeu resultado. Mas o que entregou foi marketing, militarismo de palanque e uma administração estagnada, que parece não ter compreendido a diferença entre comandar um quartel e gerir uma cidade viva, dinâmica, carente de soluções urgentes. Trocar a farda pelo paletó não lhe deu preparo técnico nem sensibilidade social. Seu discurso de campanha virou piada nos bairros onde asfalto é só lembrança.

Se nem isso foi possível resolver em mais de 200 dias

É necessário reforçar: não estamos falando de dezenas de buracos espalhados pela cidade, mas de UM ÚNICO buraco, cuja existência já era conhecida antes mesmo do prefeito assumir. Se nem isso foi possível resolver em mais de 200 dias, o que esperar dos desafios mais complexos da cidade? O que esperar da saúde pública, da educação, da mobilidade urbana, do combate à desigualdade e da segurança?

O caso da Avenida Javier Koelbel virou símbolo porque expõe a verdade crua: a cidade foi enganada por uma campanha populista, sustentada por um currículo militar que, fora dos quartéis, não passa de enfeite retórico. O velho discurso de ordem e progresso caiu por terra diante de uma simples cratera que nenhuma ordem resolveu e nenhum progresso chegou.

O abandono de vias públicas

E o mais preocupante é que não se trata apenas de um descaso localizado. O buraco da Koelbel é apenas o mais visível de uma série de ausências da Prefeitura por toda Foz do Iguaçu. O abandono de vias públicas, a deterioração do transporte coletivo, a omissão diante das ruas alagadas quando chove e a falta de diálogo com a população denunciam um governo perdido, blindado por bajuladores e desconectado da realidade das ruas.

O prefeito General Silva e Luna assumiu a Prefeitura com a promessa de transformar Foz do Iguaçu em uma cidade mais eficiente, limpa e bem administrada. Passados mais de 200 dias, entregou exatamente o oposto: uma cidade esburacada, esquecida e cada vez mais revoltada. Sua liderança, outrora respeitada nas Forças Armadas, hoje é motivo de chacota nos grupos de WhatsApp dos bairros e nas rodas de conversa nos pontos de ônibus.

Os moradores não pedem milagres. Pedem dignidade. Pedem, no mínimo, o cumprimento das promessas básicas. Tapar um buraco não exige uma licitação milionária, não precisa de estudos técnicos avançados nem de articulação política complexa. Exige apenas o que falta à atual gestão: vontade política, respeito pela população e competência administrativa.

Espelho perfeito de um governo que afundou

A verdade é que o buraco da Avenida Javier Koelbel é o espelho perfeito de um governo que afundou em sua própria arrogância. A cidade que esperava soluções ganhou omissões. E a cada novo dia que passa, a cratera cresce, não apenas no asfalto, mas na confiança dos iguaçuenses em seu prefeito.

E se em 200 dias não conseguiu tapar um único buraco, o que esperar dos próximos mil?

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 419, Página 16, de autoria do Jornalista Enrique Alliana