POPULARIDADE EM BAIXA

O pior prefeito dos últimos 100 anos

Segundo fontes, o General Silva e Luna tem uma aprovação de apenas 12%. Para entender a dimensão desse fracasso, é preciso lembrar que, até então, o título de pior avaliação pertencia ao ex-prefeito Hary Daijó, cuja gestão atingiu 20% de aprovação

A visita do governador Ratinho Junior a Foz do Iguaçu na semana passada, acompanhada por parte do secretariado e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, trouxe à tona mais do que anúncios e agendas políticas. Escancarou a profunda crise de popularidade que assombra o prefeito General Silva e Luna. Nos bastidores, diversos políticos, incluindo o próprio presidente da ALEP, comentaram que o prefeito amarga hoje a pior aprovação registrada em um século. Com míseros 12%.

Entenda a dimensão do fracasso

Para entender a dimensão desse fracasso, é preciso lembrar que, até então, o título de pior avaliação pertencia ao exprefeito Hary Daijó, cuja gestão entre 1997 e 2000 atingiu 20% de aprovação. Índice já considerado desastroso. O General Silva e Luna conseguiu superar negativamente esse marco histórico em apenas um ano de gestão. Uma façanha que demonstra que a patente de general, ao contrário do que muitos iguaçuenses imaginaram, não garante competência administrativa.

A população acreditou que um militar experiente traria disciplina, organização e firmeza. Esperava-se mais segurança, mais planejamento e, ao menos, ações básicas como uma operação tapa-buracos eficiente. O próprio prefeito se gabava de ser "especialista em asfalto", mas o que se vê nas ruas da cidade é exatamente o contrário. Buracos se multiplicando, vias esburacadas e motoristas convivendo com prejuízos diários.

No ditado popular, "nada é tão ruim que não possa piorar", e o general parece empenhado em provar isso. Muitos imaginavam que o General Silva e Luna seria um gestor técnico, acostumado com a lógica militar de resultados. No Exército, quando uma unidade não cumpre sua missão, o comando é rapidamente substituído. Em Foz, porém, o general seguiu caminho inverso. Antes mesmo de assumir, anunciou sua secretária de Obras, e após quase um ano de gestão ficou evidente que a escolha foi um erro colossal. Mas mesmo diante do fracasso evidente, ele insiste em mantê-la no cargo.

Radio Cultura

A Radio Cultura AM, através de seu diretor e apresentador Nelson Rodrigues, teria narrado "tem um dado, e este dado foi feito por pesquisa, a insatisfação do povo de Foz do Iguaçu com a questão obras públicas, especialmente asfalto, a reprovação é só de 84%, ou seja é quase uma unanimidade, entendeu o que diz o iguaçuense em relação ao estado da malha viária nossa urbana".

General Silva e Luna

Para um militar conservador e católico fervoroso, chama atenção o aparente esquecimento das palavras atribuídas a Santo Agostinho: "Errar é humano, mas persistir no erro é diabólico". No vernáculo popular, mais direto: "Errar é humano, persistir no erro é burrice". E é justamente essa persistência que pode empurrar o prefeito para índices ainda mais humilhantes, talvez abaixo dos 10% antes mesmo do Natal. Uma coisa é certa, com os 12% atuais, já se torna o pior prefeito dos últimos 100 anos.

Enquanto isso, os motoristas que tiveram pneus estourados pelos buracos da cidade acumulam prejuízos e revolta. Muitos já brincam que, se juntarem todos os pneus destruídos pela má gestão, conseguem montar uma bela árvore de Natal em frente às suas casas, especialmente na Rua Belarmino de Mendonça, onde o prefeito já enfrentou protestos constrangedores. E diante de tanto vexame, que diferença faria mais um? Afinal, em Foz do Iguaçu, o maior símbolo natalino pode acabar sendo a marca deixada por uma administração que, até agora, só trouxe desgaste, frustração e buracos, literalmente e metaforicamente.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 424, Página 3, de autoria do Jornalista Enrique Alliana