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O presente de natal dos iguaçuenses: Quase 500 multas por dia

Por Tribuna Foz dia em Notícias

O presente de natal dos iguaçuenses: Quase 500 multas por dia
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VOTARAM! AGORA AGUENTEM?

O presente de natal dos iguaçuenses: Quase 500 multas por dia

Prefeito general, aquele que alem de chamar os iguaçueneses de "estúpido" agora será penalizada com multas

Foz do Iguaçu se aproxima do fim de mais um ano, mas, em vez de celebrar conquistas, os cidadãos parecem receber um "presente" amargo: quase 500 multas de trânsito por dia. É isso mesmo. O governo do prefeito general Silva e Luna, que há apenas dez meses está à frente da cidade, conseguiu transformar o trânsito em uma verdadeira máquina arrecadatória. O que deveria ser um instrumento de ordem e segurança virou sinônimo de punição e abuso.

O mesmo prefeito que, em uma ocasiões, chamou os iguaçuenses de "estúpidos" ao caírem nos buracos, agora encontra na indústria da multa uma forma de demonstrar poder. Se antes a promessa era de gestão técnica e eficiência militar, o que se vê é uma administração punitiva, fria e distante, que trata os moradores como inimigos a serem combatidos.

Nas ruas, as câmeras e os radares deverão se multiplicarem. Muitos motoristas sequer conseguem entender de onde surgem tantas autuações. É o "natal" do FOZTRANS. O instituto comandado por Aline Maicrovicz, que parece ter encontrado nas penalidades uma mina de ouro. E ninguém sabe, de fato, para onde vai esse dinheiro todo. Será que serve para tapar os buracos, ou melhor, as crateras que tomam conta das ruas? Ou apenas alimenta contratos milionários e despesas administrativas sem transparência?

A matemática é cruel: com quase 500 multas por dia, o FOZTRANS poderá arrecadar milhões de reais mensais. Enquanto isso, o cidadão enfrenta ônibus lotados, calçadas esburacadas, sinalização precária e semáforos quebrados. O discurso de "educar no trânsito" foi substituído pela prática de punir sem piedade.

O general Silva e Luna se apresenta como especialista em asfalto, mas parece se especializar mesmo em castigar quem o elegeu. Sua gestão militarizada enxerga o trânsi to como campo de batalha, e o contribuinte como inimigo a ser vencido. O curioso é que, paralelamente a avalanche de multas, a prefeitura contratou uma empresa privada para "gerenciar" melhor a aplicação das penalidades. Uma decisão que cheira mais a terceirização da arrecadação do que a gestão pública responsável.

E, como se não bastasse, o comando do FOZTRANS está sob suspeita. A diretora superintendente Aline Maicrovicz, apontada como peça-chave dessa engrenagem arrecadatória, pode ser alvo de uma CPI na Câmara de Vereadores. As denúncias giram em torno de má gestão e possíveis irregularidades administrativas. Quando convocada para prestar esclarecimentos, Aline simplesmente não compareceu, um gesto de desrespeito não apenas aos vereadores, mas à própria população.

Esse comportamento autoritário e impune mostra como o governo municipal perdeu o senso de limite. Se a diretora do FOZTRANS se recusa a responder a quem deveria fiscalizá-la, é porque se sente protegida. Talvez pela própria figura do prefeito, que demonstra a mesma arrogância em sua forma de governar.

Em um cenário em que falta até esparadrapo nos postos de saúde, o contraste é gritante. A prefeitura que alega não ter dinheiro para comprar o básico para pacientes acamados é a mesma que despeja milhões em contratos de transporte, limpeza e fiscalização. O problema não é falta de recursos e sim a falta de prioridade e respeito com o cidadão.

A Foz do Iguaçu que um dia foi símbolo de acolhimento e beleza agora parece se tornar um território de punição e descaso. Os iguaçuenses votaram acreditando em renovação, mas receberam um governo que os multa, ignora e trata com desprezo. E o pior: o silêncio do prefeito diante de tantas denúncias e abusos indica que tudo isso é parte de um projeto consciente, não um erro de percurso.

A cada nova multa, cresce o sentimento de frustração. O povo começa a entender que o "general gestor" não veio para construir, mas para comandar. E comandar com mão de ferro, mesmo que isso custe o bem-estar de quem mais precisa. Foz do Iguaçu não precisa de mais multas; precisa de humanidade, de respeito e de um prefeito que governe para o povo, e não contra ele.

Esse é o retrato do "presente de natal" que os iguaçuenses receberão: luzes piscando não por alegria, mas pelos flashes dos radares. O que era promessa de progresso virou castigo. Votaram. E agora, infelizmente, estão pagando a conta.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 423, Página 8, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

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