Papa Francisco dá sinais de permanência e inicia nova reforma católica
Por Tribuna Foz dia em Notícias

Papa Francisco dá sinais de permanência e inicia nova reforma católica
Pontífice ampliou o trabalho do Sínodo dos Bispos
O Papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para que sejam consideradas reformas na Igreja Católica global, informou o Vaticano neste sábado 15 de março de 2025, em um sinal de que o pontífice de 88 anos planeja seguir como papa, apesar de sua batalha contra uma pneumonia dupla.
Francisco ampliou o trabalho do Sínodo dos Bispos, uma iniciativa marcante de seu papado de 12 anos, que discutiu reformas como a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas católicas e uma melhor inclusão de pessoas LGBTQ na Igreja.
O Sínodo, que realizou uma cúpula inconclusiva de bispos no Vaticano sobre o futuro da Igreja em outubro passado, agora realizará consultas com católicos de todo o mundo pelos próximos três anos, antes de sediar uma nova cúpula, em 2028.
Francisco aprovou o novo processo de reformas na terça-feira no hospital Gemelli, em Roma, onde ele está internado, informou o Vaticano neste sábado.
O papa está hospitalizado há mais de um mês, e sua prolongada ausência pública alimentou especulações de que poderia optar por seguir seu antecessor, Bento XVI, e renunciar ao papado.
Seus amigos e biógrafos insistiram, no entanto, que Francisco não tem planos de renunciar. A aprovação de um novo processo de três anos indicou que ele quer continuar, apesar de sua idade e da possibilidade de enfrentar um longo e difícil caminho de recuperação da pneumonia, dada sua idade e outras condições médicas.
Igreja Atualizada
Francisco, que é papa desde 2013, é amplamente visto como alguém que tenta abrir a tradicional Igreja global ao mundo moderno. No entanto, a agenda de reformas do papa irritou alguns católicos, incluindo alguns cardeais seniores. Eles o acusaram de diluir os ensinamentos da Igreja em questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e novo casamento. Massimo Faggioli, um acadêmico norte-americano que acompanhou o papado de perto, disse que o novo processo de reforma é uma maneira de o papa sinalizar que ainda é o líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo.
Fonte: Agência Brasil