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Para pagar cargos comissionados, Chico Brasileiro tenta acabar com Serviço de Verificação de Óbito

Por Tribuna Foz dia em Notícias

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MÁ GESTÃO

Para pagar cargos comissionados, Chico Brasileiro tenta acabar com Serviço de Verificação de Óbito

À serviço do prefeito, diretor da Fundação Municipal de Saúde corta plantão de médicos e familiares em luto sofrem com as consequências

Ano eleitoral e a necessidade de acomodar apadrinhados políticos na Prefeitura tem prejudicado cada vez mais o dia a dia do serviço público em Foz do Iguaçu. Para manter o cabide de empregos que garante a sustentabilidade necessária para Chico Brasileiro terminar seu mandato sem ser cassado na Câmara de Vereadores, familiares em luto passaram a sofrer as consequências diante do desmonte do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do município.

Instalado no prédio do Hospital Padre Germano Lauck, o SVO já funcionou com oito profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares. O efetivo garantia atendimento de até 40 óbitos por mês e contava com local para recepção de familiares, sala de repouso para os plantonistas, banheiro e uma sala equipada com espaço para a refrigeração de até nove corpos.

"Ocorre que o prefeito mandou cortar tudo e o diretor da Fundação Municipal de Saúde, André di Buriasco, atendeu ao pedido sem medir os prejuízos à população. Foram encerrados os contratos com os três médicos que atendiam a demanda, e também foi determinado o fim dos plantões do SVO no período da noite.

Hoje as famílias em luto precisam esperar horas até a liberação do corpo. Um constrangimento cruel e desnecessário", informa um servidor do hospital sob a condição de anonimato.

De acordo com o funcionário de carreira revoltado com a situação, "quem morre a partir das 17h é encaminhado para o SVO, porém o médico do turno do dia chega sempre por volta das 09h. Isso faz com que a liberação do corpo ocorra somente por volta das 11h,para em seguida a funerária levar para o velório. Porém, o corpo precisa ser enterrado no mesmo dia, deixando os familiares putos da vida. O que está seno feito é um desserviço, um cúmulo", critica.

Uma mulher que perdeu a filha há duas semanas relatou o constrangimento. "Imagine você estar com sua filha morta e corpo à espera de liberação para o velório. Sem médico para fazer a liberação, resta esperar. Parece uma tortura, algo que poderia e deveria ser evitado. Um desrespeito com o morto e seus familiares. Esse é o momento que vivemos em Foz", desabafou a mãe.

Esta é uma reprodução do Jornal Tribuna Popular - Edição 371, página 8

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