PEIXE GRANDE

População de Foz do Iguaçu aguarda condenação do prefeito Chico e da primeira dama Rosa

Beneficiados com a reforma do telhado, Chico e Rosa ainda não foram julgados; casal responde também por ação de improbidade administrativa

Enquanto a Justiça condenou criminalmente os responsáveis por falsificar documentos para aparentar legalidade quanto ao uso de serviços públicos para atender interesses particulares do prefeito Chico Brasileiro e da primeira dama Rosa Geronymo, o casal beneficiado segue impune.

A situação indica a diferença de tratamento entre poderosos e os que apenas cumpriram ordens de seus superiores. Fato é que Chico e Rosa não figuram como réus na ação criminal já sentenciada que terminou por condenar Baiano e Angélica pelo crime de falsidade ideológica.

Em paralelo, o casal responde perante a Vara da Fazenda Pública pelo crime de improbidade administrativa. A ação ajuizada pelo Ministério Público do Paraná foi apurada pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).

De acordo com a denúncia, o prefeito e a primeiradama "consentiram na utilização de serviços e bens de propriedade da Prefeitura de Foz do Iguaçu para a realização de reparos no telhado de sua residência". A denúncia foi formalizada em abril de 2022 e teve pedido de apuração rejeitado na Câmara de Vereadores, em junho, com votos da base de sustentação da administração.

Conforme já demonstrado na ação criminal, a mão de obra no telhado foi executada por integrantes do Patronato de Foz do Iguaçu, programa público de reinserção social de egressos do sistema penitenciário. O denunciante divulgou nota fiscal de materiais, fotos e vídeo, os quais agora constam da ação civil, das atividades de reforma sendo feitas na residência de Chico Brasileiro e Rosa Maria Jeronymo, em um condomínio fechado na Avenida Tancredo Neves.

A pergunta que fica é: Quanto tempo teremos de esperar para a Justiça condenar também os mandantes?

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 383, página 11