Prefeito General Silva e Luna exonera Presidente da Fundação Cultural, Dumont Benitez
Por Tribuna Foz dia em Notícias
Prefeito General Silva e Luna exonera Presidente da Fundação Cultural, Dumont Benitez
A exoneração do diretor-presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Dalmont Pastorelo Benites, anunciada no Diário Oficial desta segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, expõe mais um capítulo da turbulenta gestão do prefeito General Silva e Luna. À frente da instituição desde o início do governo, Benites acumulava desgastes que já não podiam mais ser ignorados, e ao que tudo indica, a gota d’água veio com a desastrosa abertura do Natal, considerada por muitos o pior evento natalino já realizado na cidade.
A nomeação interina de Angelita Helena Hanauer, atual diretora Cultural, soa mais como uma medida emergencial do que como uma solução. A Fundação Cultural, que deveria ser um espaço de valorização da arte e da identidade local, tornou-se palco de improviso, desorganização e decisões administrativas contestáveis. Eventos como o Carnaval já vinham recebendo críticas contundentes, refletindo a falta de planejamento e de respeito com os trabalhadores da cultura e com o público.
O jornalista Darlon Dutra, do Paraná Pop, sintetizou nas redes sociais o sentimento de grande parte da população ao afirmar que a cidade “merece respeito” e que o prefeito apenas agora demonstra autoridade para agir diante de tantas irregularidades. Sua crítica vai além da figura de Benites: atinge um núcleo maior de servidores e aliados políticos que, segundo ele, tratam a máquina pública como patrimônio privado, numa lógica de aparelhamento e descaso.
O escândalo dos R$ 2,5 milhões gastos sem licitação para entregar um Natal pobre, mal executado e alvo de vexame público é o símbolo mais evidente da deterioração da gestão cultural. Um valor milionário desembolsado sem critérios transparentes resultou num espetáculo acanhado, destoando da relevância turística de Foz e da expectativa da população.
A exoneração, embora necessária, não resolve o problema estrutural: falta competência, transparência e compromisso real com a cultura. O gesto do prefeito soa mais como tentativa de conter danos do que como medida genuína de reconstrução. Enquanto a gestão continuar tratando cultura como vitrine política e não como política pública, novas crises continuarão a surgir, e a população seguirá pagando a conta, seja em recursos mal empregados, seja em oportunidades perdidas.

