Prefeitura faz festa ao divulgar que a gestão Silva e Luna fecha 8 buracos por dia
Por Tribuna Foz dia em Notícias

PASSOS PARA TRÁS
Prefeitura faz festa ao divulgar que a gestão Silva e Luna fecha 8 buracos por dia
Prefeitura não consegue levar adiante uma operação tapa-buracos e imagem do general começa a ruir
Durante a campanha eleitoral, o então candidato à prefeitura de Foz do Iguaçu, General Silva e Luna, apresentava-se como um gestor experiente, destacando seu histórico à frente de grandes instituições como a Itaipu Binacional e a Petrobras. A imagem construída era de um administrador técnico, austero e eficiente. No entanto, ao assumir o comando da prefeitura, essa expectativa começou a ruir. Na prática, o "gestor" prometido não conseguiu entregar resultados compatíveis com sua reputação.
Um exemplo claro dessa frustração está na forma como a atual gestão tem lidado com o básico: a manutenção das vias urbanas. Recentemente, a própria prefeitura comemorou em planilhas oficiais o fato de estar tapando, em média, oito buracos por dia. Em cem dias, seriam 800 buracos tapados. A divulgação foi feita com ar de celebração, como se tratasse de um feito extraordinário, ignorando que se trata de uma obrigação básica da administração municipal, e que, em gestões anteriores, era feita com muito mais eficiência.
Na administração do ex-prefeito Chico Brasileiro, a cidade contava com duas equipes de tapa-buracos, lideradas por profissionais com conhecimento técnico e prático, como o conhecido "Paulinho do Asfalto". Juntas, essas equipes eram capazes de tapar cerca de 50 buracos por dia. Só Paulinho, com sua equipe, conseguia tampar 30 buracos diariamente. Em comparação, a atual média de 8 buracos por dia representa um retrocesso escancarado. A cidade cresceu, a demanda aumentou, mas o serviço encolheu.
A pergunta que fica é: a tão falada "austeridade" do General Silva e Luna é, na verdade, um disfarce para o corte de serviços essenciais? O que deveria ser eficiência na gestão virou redução na entrega. E essa política de enxugamento não está limitada ao asfalto. A saúde pública também mostra sinais de declínio.
Os dados não mentem. Sob a gestão de Chico Brasileiro, nos dois primeiros meses de 2024, Foz do Iguaçu registrou 2.074 internações para procedimentos cirúrgicos. Já nos dois primeiros meses de 2025, já sob comando do General Silva e Luna, foram apenas 985 cirurgias, uma queda alarmante de 52,5%. Essa redução drástica mostra que o ritmo de trabalho da prefeitura desacelerou, e quem sente o impacto direto é a população, especialmente a mais vulnerável, que depende dos serviços públicos para sobreviver.
A festa promovida para divulgar o "avanço" de fechar 8 buracos por dia escancara um dos maiores problemas da gestão atual: a inversão de prioridades e a tentativa de transformar o mínimo em grande feito. A cidade de Foz do Iguaçu precisa de resultados concretos, de melhorias reais no dia a dia da população, e não de pirotecnia para maquiar ineficiência. Enquanto a propaganda oficial tenta vender uma cidade em ordem, a realidade nas ruas conta outra história. A história de abandono, filas, buracos e promessas vazias. O "gestor" prometido se perdeu no discurso, e o que resta são passos largos para trás.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 413, Página 3, de autoria do Jornalista Enrique Alliana