DESAVENÇAS

"Quando estava na Petrobras, só me prejudicou", diz Bolsonaro sobre o General Silva e Luna

Em matéria da Revista Veja dessa semana, Bolsonaro diz: "Ele, quando estava na Petrobras, só me prejudicou. Ganhava um salário de 240 mil reais por mês, dividendos, e aumentava a gasolina a cada dois, três dias"

O jogo ficou pesado para o pré-candidato General Silva e Luna que se aventura em disputa para a prefeitura de Foz do Iguaçu, mesmo não sendo considerado da cidade. Transferiu o título de eleitor para o Município com o único objetivo de se candidatar. Nesse oportunismo paraquedista, filiou-se ao PL local, partido de Jair Bolsonaro. Entretanto, a Revista Veja dessa semana trouxe duas reportagens sobre a situação, incluindo uma declaração em que o ex-presidente detona Luna.     

Conforme relatado na matéria, quando consultado por interlocutores aliados sobre apoio ao General, Bolsonaro reagiu e afirmou: “Esse aí, não! Ele, quando estava na Petrobras, só me prejudicou. Ganhava um salário de 240 mil reais por mês, dividendos, e aumentava a gasolina a cada dois, três dias”. Uma grande parcela dos bolsonaristas aponta o General como um dos culpados da derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais, pois em menos de um ano, Luna ficou na Presidência da Petrobras e os reajustes no preço dos combustíveis foram constantes.

O general foi demitido da estatal em março de 2022 e na época Bolsonaro justificou a mudança de comando dizendo que a empresa precisava de um gestor "mais profissional". Reclamou que a cobrança sobre o aumento dos combustíveis recaia sobre ele e alegou que não apitava nada nessa área. “O que eu falei para vocês aqui, era para a Petrobras estar falando. Fica no meu colo. Tudo cai no meu colo na questão da Petrobras. Eu não apito nada e cai no meu colo", esbravejou Bolsonaro após dizer que “um dos motivos principais (da demissão de Luna) é alguém mais profissional lá dentro para poder dar transparência. A Petrobras não usa seu marketing, ela não fala".

No período de Silva e Luna, com uma elevação de 46% só no preço da gasolina, Bolsonaro declarou que “a Petrobras cometeu um crime contra a população”. Com um plano pessoal de cair de para quedas na cidade e ser candidato, agora o General quer o apoio do ex-presidente. Outro fator que está pesando contra ele é o fato de não ter ajudado Bolsonaro na campanha de presidente numa demonstração de mágoa e ingratidão.

A reportagem da Revista Veja revela bastidores das conversas da cúpula do PL e PP em que, Bolsonaro vetou, de cara o nome de Silva e Luna e depois o PL de Foz acolheu o general em seus quadros criando um grande embaraço para o ex-presidente.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 385, página 3