DESPREPARADO

Ranieri expõe mais uma vez seu despreparo em solenidade da segurança pública

Escolha feita por Ranieri, ignorou o critério básico de mérito anual, transformando o que deveria ser uma justa homenagem em um gesto político

A manhã da última quarta-feira (30/04/2025) foi marcada por uma importante solenidade na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu: a entrega do Prêmio Profissional Destaque da Segurança Pública. A premiação, instituída pela Lei nº 5.464, de 14 de agosto de 2024, visa reconhecer agentes da segurança pública que se destacaram no exercício de suas funções ao longo do ano anterior. O evento deveria ser um momento de homenagem, reconhecimento e gratidão aos profissionais que diariamente arriscam suas vidas para proteger a população. Contudo, o que se viu foi, mais uma vez, a demonstração do despreparo político do vereador Dr. Ranieri Marchioro.

Durante a cerimônia, marcada por discursos emocionantes e reconhecimento merecido, o ponto mais controverso foi a indicação feita pelo próprio vereador Ranieri. Entre os 13 homenageados, sua escolha recaiu sobre o Almirante Paulo Sergio Tinoco Guimarães, atual coordenador da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Segurança Pública. O problema: Tinoco sequer atuava na área da segurança pública durante o ano de 2024 - período de avaliação da premiação.

Não se trata aqui de desmerecer a trajetória do Almirante Tinoco, que possui uma carreira respeitável nas Forças Armadas e presta atualmente um serviço público relevante. Mas a escolha, feita por Ranieri, ignorou o critério básico de mérito anual, transformando o que deveria ser uma justa homenagem em um gesto político, completamente descolado da proposta original da premiação. O próprio homenageado, em seu discurso, revelou constrangimento ao afirmar que havia indicado ao vereador outros nomes mais apropriados dentro da "família azul marinho", mas que aceitou a homenagem após insistência de Ranieri.

O caso não é isolado. O despreparo do vereador Dr. Ranieri Marchioro já vinha sendo observado em episódios anteriores. Recentemente, durante uma discussão na Câmara, o parlamentar surpreendeu ao afirmar que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) "não é um órgão técnico", em crítica à flexibilização de entendimento adotada pelo órgão. A fala, completamente equivocada, foi vista como um desrespeito institucional e causou desconforto até mesmo entre conselheiros do próprio tribunal.

Esse padrão de comportamento tem levantado sérias dúvidas sobre a maturidade política e o preparo técnico do vereador. Suas decisões, falas públicas e posturas nas sessões legislativas vêm minando a credibilidade de seu mandato e prejudicando a imagem da própria Câmara. A escolha equivocada no Prêmio Destaque da Segurança Pública é mais um capítulo dessa sequência de atos que, ao invés de fortalecer a atuação parlamentar, evidenciam o descompasso entre a função pública e a atuação prática do vereador.

Eventos como esse são importantes para reforçar a valorização de servidores que colocam suas vidas em risco em prol da coletividade. Quando usados como palanque político, perdem seu sentido e desrespeitam aqueles que verdadeiramente se dedicam. Foz do Iguaçu precisa de representantes comprometidos com a seriedade dos cargos que ocupam - e que saibam distinguir prestígio pessoal de justiça institucional.

O episódio deixa um alerta claro: é preciso mais responsabilidade, mais preparo e, sobretudo, mais respeito com aqueles que de fato fazem a diferença na segurança pública da cidade.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 413, Página 10, de autoria do Jornalista Enrique Alliana