Um ponto em que o discurso de austeridade virou sinônimo de descaso; Cinco vereadores parecem ovelhas no curral do general Silva e Luna
Por Tribuna Foz dia em Notícias

A QUE PONTO CHEGAMOS?
Um ponto em que o discurso de austeridade virou sinônimo de descaso; Cinco vereadores parecem ovelhas no curral do general Silva e Luna
A pergunta que fica é simples: até quando os iguaçuenses terão que suportar uma gestão que trata a saúde como se fosse manobra militar, onde vidas humanas são reduzidas a estatísticas e o sofrimento é empurrado para baixo do tapete? O general pode até acreditar que continua no comando, mas, na prática, o que vemos é uma cidade perdida, sem rumo, à mercê de uma administração que já nasceu em crise.
Sinônimo de descaso
Sim, chegamos a esse ponto. Um ponto em que o discurso de austeridade virou sinônimo de descaso. Um ponto em que um general de quatro estrelas se transformou em aprendiz de burocrata. Um ponto em que a saúde pública de Foz do Iguaçu não tem cadeira para idosos, mas tem cadeira cativa para o improviso e para o fracasso.
Ovelhas no curral do general
Agora, resta esperar que os tais "fiscais do povo", esses conhecidos como nobres vereadores, que juram representar os interesses da população, acordem do sono profundo em que parecem mergulhados.
Mas esperar deles é quase como acreditar em Papai Noel: bonito na teoria, ridículo na prática. Afinal, cinco deles já ostentam o título de fracassados de carteirinha: Ranieri Marchioro, Paulo Debrito, Sidnei Prestes, Cabo Cassol e Soldado Fruet.
Estes mais parecem cordeiros obedientes do general, prontos para serem abatidos pelo próprio servilismo, repetindo em coro o "sim, senhor" sem nem perceberem que já perderam o pouco de dignidade política que ainda tinham.
Na prática, ao invés de fiscais, são escudeiros da mediocridade, que preferem carregar a mochila do general do que enfrentar a realidade dos iguaçuenses. Talvez achem que o silêncio os protegerá, mas a população não é cega: percebe que, enquanto idosos deitam no chão de UPAs sem cadeiras, vereadores deitam no colo do poder para garantir seus privilégios. Se não reagirem, não será apenas o fracasso do general a assombrá-los, mas a própria lápide política de cada um, gravada com letras garrafais: "Aqui jaz mais um cordeiro do rebanho do fracasso".
E assim termina mais um capítulo da tragicomédia política de Foz do Iguaçu. No palco, um general que se julga estrategista, mas tropeça no próprio campo minado; na plateia, vereadores que, em vez de aplaudir de pé, deveriam ter levantado a voz, mas preferem balir como ovelhas bem comportadas. E a cidade segue nesse teatro grotesco, onde a austeridade virou farsa, a saúde virou piada e a Câmara Municipal virou curral. A única dúvida que resta é: quando o sino tocar, quem sairá primeiro do rebanho, o general atolado no fracasso ou seus cordeiros fiéis, sacrificados pela própria ignorância?
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 422, Página 5, de autoria do Jornalista Enrique Alliana